Cristiano Ronaldo visitou a mãe em hospital na Madeira “com segurança”

Da Redação
Com Lusa

O português Cristiano Ronaldo respeitou “todas as condições de segurança” quando se deslocou ao Hospital Central do Funchal para visitar a sua mãe, segundo autoridades regionais, numa altura em que o atleta permanece na Ilha da Madeira.

“Não posso falar sobre esse assunto por uma questão de salvaguarda dos dados, mas quero dizer que a situação foi devidamente analisada e está, neste momento, garantida que não há qualquer possibilidade de infeção”, disse o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

O governante falava em conferência de imprensa, no Funchal, onde apresentou um conjunto de “medidas adicionais” de contenção da pandemia de Covid-19 na região, como a suspensão de todas as autorizações para atracagem de navios de cruzeiro e iates nos portos e marinas do arquipélago e a medição da temperatura dos passageiros nos aeroportos.

“Tanto o atleta como a sua família estão assintomáticos”, indicou, por outro lado, o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, vincando que a visita de Cristiano Ronaldo à mãe, hospitalizada vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), foi devidamente “controlada” pelo serviço regional de saúde e pelo próprio atleta, que se encontra na ilha desde 09 de março.

A Juventus, clube no qual alinha o português Cristiano Ronaldo, natural da Madeira, anunciou na quarta-feira o resultado positivo de Rugani, que se tornou no primeiro jogador da ‘Serie A’ infectado com o Covid-19.

O clube ativou todos os procedimentos de isolamento estabelecidos por lei e fez saber que Cristiano Ronaldo “não treinou e permanece na Madeira a aguardar desenvolvimentos relativos à atual situação de emergência de saúde”.

Também os jogadores de futebol e basquetebol do Real Madrid estão de quarentena, depois de ter sido confirmado um caso positivo de coronavírus, e não irão disputar competições nos próximos dias, anunciou o clube espanhol.

Na Madeira

Na Região Autônoma da Madeira, não há registro de qualquer caso de infecção por Covid-19, mas o secretário da Saúde indicou que há “quase uma centena de pessoas” que estão a ser acompanhadas de acordo com as regras previstas.

Na apresentou um conjunto de “medidas adicionais” de contenção da pandemia na região, as autoridades explicaram a suspensão de navios atracarem. “Estas medidas vão vigorar até ao dia 31 de março, data em que o governo fará uma nova avaliação”, disse Miguel Albuquerque. “Estamos a falar na acostagem, até ao fim do mês, de 23 navios de cruzeiro, com um número de passageiros de cerca de 50 mil”, explicou o governante.

Nos dois aeroportos da região – Madeira e Porto Santo -, o governo vai implementar um novo procedimento de controlo, com a da medição da temperatura dos passageiros e das tripulações no desembarque e também com o preenchimento de um inquérito ainda a bordo dos aviões.

“Queremos ter as equipas no terreno o mais rapidamente. Estamos a falar no desembarque de cerca de 10 mil passageiros por dia, o que implica um esforço logístico e humano bastante importante da parte do governo”, disse Miguel Albuquerque, realçando que as equipas serão compostas por elementos do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram).

Miguel Albuquerque apelou, por outro lado, à população para não correr aos supermercados, garantindo que a região “está a ser abastecida com normalidade”.

“Nós apelamos à calma, não havendo a necessidade de as pessoas se precipitarem para os supermercados no sentido de garantir abastecimento extra dos bens essenciais”, alertou, indicando que está já agendada a chegada de dois navios de transporte de mercadorias.

A pandemia de Covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

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