Centenas de apoiadores receberam os campeões de futsal em Lisboa

Da Redação com Lusa

Nesta segunda-feira, centenas de fãs e familiares receberam em euforia no Aeroporto de Lisboa, os jogadores da seleção portuguesa de futsal, que no domingo se sagraram campeões do mundo da modalidade.

Ao som de ruidosos cânticos de apoio, nos quais se destacava o grito “campeões”, com tambores e buzinas, os adeptos esperaram mais de uma hora pelos vencedores do Mundial.

Orgulhosa, Dona Ermelinda, avó do defesa Afonso Jesus, esperou logo à frente por um abraço do neto e confessou que o jogo de domingo “foi um caso sério” de sofrimento, mas “que agora já passou”.

“Foi muito difícil, mas o que interessa é que a gente ganhou e agora estão de parabéns, o meu neto e a equipa toda”, disse.

Na saída VIP do aeroporto, jogadores e adeptos não conseguiram conter a euforia, mesmo estando previsto que não prestassem declarações no local.

A taça andou de mão em mão, foi mostrada a adeptos e familiares e até houve tempo para fotografias e autógrafos, antes da partida de ônibus para a Cidade do Futebol, em Oeiras.

A seleção portuguesa de futsal sagrou-se no domingo pela primeira vez campeã mundial, ao vencer por 2-1 a Argentina, que detinha o título, na final do Campeonato do Mundo de 2021, disputada em Kaunas, na Lituânia.

Presidente

A comitiva portuguesa campeã mundial foi recebida no Palácio de Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nesta tarde.

Marcelo Rebelo de Sousa equiparou a seleção campeã de futsal aos portugueses de diversos ramos de atividade espalhados pelo mundo, que, disse, “são os melhores ou dos melhores do mundo”.

O chefe de Estado português condecorou com a Ordem de Mérito do Infante Dom Henrique, no grau de comendador, toda a comitiva da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que conquistou o Campeonato do Mundo de futsal e contrariou as críticas ao seu assumido otimismo.

“Hoje somos os melhores do mundo. E sabem como eu digo incessantemente, porque há sempre uma falta de autoestima e de amor-próprio nalguns dos nossos compatriotas, que me criticam por dizer que, quando somos muito bons, somos os melhores do mundo. É isso mesmo: quando somos muito bons, somos os melhores do mundo”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.

Sem se deter, Marcelo salientou que isso “acontece no futsal” e “nas forças armadas destacadas um pouco por todos os continentes”, assim como “nos cientistas, nos trabalhadores, nos economistas, nos professores”.

“Todos os que estão nos diversos continentes, onde são, de facto, muito bons, e temo-los, cada vez mais, muito bons, são os melhores ou dos melhores do mundo”, frisou o Presidente da República.

Nesse sentido, destacou as palavras do selecionador de futsal, Jorge Braz, que o deixaram “muito impressionado” pela forma descomplexada com que disse “mais ou menos isso antes da final”.

“Disse isso mesmo, sem complexos. Nós jogamos aquilo que merece ser uma vitória neste Campeonato do Mundo. Nós merecemos vencer, porque somos os melhores do mundo. Isso é uma evidência, tínhamos mostrado nas qualificações e jogo após jogo naquele percurso final”, elogiou o chefe de Estado.

Mas, antes do Presidente da República, também o líder da FPF, Fernando Gomes, destacou o papel importante que tiveram o espírito de grupo da seleção e também a mudança de mentalidade que deixa os portugueses mais perto das vitórias.

“Eles souberam sempre que cada segundo, na quadra ou fora dela, valia a nossa vida. Sim, o que mudou foi mesmo a nossa mentalidade. Agora sabemos como ganhar. Ficou para trás a ideia errada do impossível”, destacou o dirigente.

Fernando Gomes, que ao longo do seu mandato já levou ao Palácio de Belém “os campeões da Europa de futebol de praia, os campeões do mundo de futebol de praia, os campeões da Europa de futebol, os campeões da Europa de futsal, os campeões da Liga das Nações de futebol e, agora, os campeões do mundo de futsal”, destacou também a dimensão do feito da equipe comandada por Jorge Braz.

“Ganhar um Campeonato do Mundo verdadeiramente global, numa modalidade com mais de 150 países que a jogam em todos os continentes e sob a égide da FIFA é um feito cuja dimensão levaremos tempo a entender”, assinalou o líder federativo.

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