Candidatura ibérica à Copa terá orçamento de quase R$ 18 mi

Por Nuno Filipe OrtegaMundo Lusíada com Lusa

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>> Logotipo da Candidatura de Portugal e Espanha, desenho inspirado na obra de dois artistas, um português e um espanhol, baseia-se nas bandeiras de ambos os países.

A candidatura ibérica à organização da Copa do Mundo de 2018 ou 2022 terá um orçamento de cerca de 7 milhões de euros (R$ 17,91 milhões), afirmou o presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Angel Maria Villar. “Num orçamento que fizemos, serão cerca de seis, sete milhões de euros, em que 60% serão cobertos pela Federação Espanhola de Futebol e 40% pela Portuguesa”, disse Villar, também presidente da fundação da candidatura ibérica.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail, disse que tem estudado formas de obter fundos para a parte lusa. “Temos vindo a pensar, vamos ver quanto vai custar. Também temos contatado entidades privadas. Temos de ver de onde vem a nossa origem de fundos. Temos de fazer parcerias com a parte privada e com o próprio Governo”, admitiu.OrganizaçãoOs dois líderes federativos, acompanhados pelos respectivos secretários de Estado do Esporte, Laurentino Dias e Jaime Lissavetsky, foram recebidos, em 20 de outubro, em Zurique na Suíça, pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter. “(Blatter) reconheceu que Portugal e Espanha são países com grande capacidade de organização, com grande potencial no futebol. Curiosamente, os dois países estão no top 10 da Fifa. São potências futebolísticas, que têm o seu peso e significado. A recepção de Blatter foi muito cordial e não pôs qualquer obstáculo à candidatura de dois países”, disse Madail.

De acordo com o presidente da FPF, foi explicado qual era a concepção da candidatura, que “não é uma candidatura conjunta, mas uma candidatura apoiada por dois países, que é completamente diferente”. Gilberto Madail valorizou o fato de Portugal ter organizado a Eurocopa-2004. “Não nos iríamos meter numa aventura se não tivéssemos expectativas de ganhar e também não iríamos para uma candidatura para desbaratar um capital que tivemos com a organização da Euro-2004”. Já a Espanha organizou a primeira Copa do Mundo com 24 países, em 1982.

Angel Maria Villar declarou que a candidatura ibérica tem um único objetivo e é uma proposta “forte”. “Nunca apresentaríamos uma candidatura se não soubéssemos que vamos prestar um grande serviço à família da Fifa. Porque temos experiência, temos infraestruturas fantásticas, temos povos que gostam deste esporte, grandes torcedores, grandes jogadores, grandes treinadores e grandes árbitros. Vivemos futebol durante 24 horas. Se nos derem o Mundial, não vamos defraudar a Fifa”.

O secretário de Estado do Esporte de Portugal, Laurentino Dias, lembrou que existe “um conjunto de outras candidaturas fortes”. E Jaime Lissavetsky disse que Blatter foi convencido com a ideia de “um único comitê organizador, dois países unidos, uma língua semelhante, a mesma moeda, dois mares, o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, um clima adequado e uma organização que pode ser quase perfeita”.

Para o presidente da Fifa, existe um longo caminho para as candidatas, que incluem ainda Inglaterra, Austrália, Bélgica e Holanda (candidatura conjunta), Estados Unidos, Indonésia, Japão, México e Rússia.LogotipoOs presidentes das federações de futebol espanhola e portuguesa apresentaram filme promocional e logotipo da candidatura ibérica para o Mundial de 2018 ou 2022. O desenho, inspirado na obra de dois artistas, um português (Jose Guimarães) e um espanhol (Miró), baseia-se nas bandeiras de ambos os países e pretende “revelar a vontade vencedora e o espírito de união da candidatura conjunta de duas grandes nações e de dois grandes povos apaixonados por futebol, para conseguir um objetivo em comum”, como explica Eugênio Chorão, diretor do Euro RSCG Design & Arquitetura, escritório que desenvolveu o logotipo e superou outras seis propostas de empresas espanholas e portuguesas.

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