Boavista, Leixoes e V.Setúbal em risco de não disputarem o campeonato

Por Emídio Tavares

A Comissão Executiva da Liga, após avaliar os pré-requisitos financeiros exigidos de todas as equipes que participam dos campeonatos, e submetê-los a sua Comissão Técnica de Estudos e Auditoria, comunicou ao Boavista e ao Leixoes que ambos estão em desconformidade com o requerido, e portanto não poderão inscrever jogadores para a disputa, o que pode colocar em risco a participação das referidas equipes na Superliga 2008/2009 (problemas relacionados à Administração Fiscal e Segurança Social).

Para que possam se ver livres deste bloqueio em participar do campeonato, Boavista e Leixoes precisam apresentar:

• certidão que comprove o pagamento de suas responsabilidades fiscais ou • documento que comprove haver ainda pendência de reclamações, impugnações ou oposições fiscais ou • prova da celebração de um Processo Extrajudicial de Conciliação (PEC), já requerido e admitido.

Já o caso do V.Setúbal é um pouco mais complicado, e deve-se ao não pagamento de uma dívida com um ex-jogador (Kasumov, que por sua vez pertencia à empresa espanhola, autora da denuncia “Asesoriamento Deportivo”) no valor de 500 mil euros e que motivou a reclamação junto a UEFA, que por sua vez solicitou ao reclamante documentos que comprovem a situação bancaria precária do time sadino. Mas isso ainda não foi possível porque depende de uma autorização do Tribunal Judicial de Setúbal para a liberação dos documentos bancários, relativos as contas do Vitória, no âmbito da execução deste processo.

O time de Setúbal já foi condenado em última estância pela justiça comum a pagar a referida divida, e não o fez porque não tem mais bens em seu nome que possam ser penhorados (a não ser passes de jogadores), além também das contas de sua SAD estarem zeradas, e já há algum tempo sem movimentação.

Assim sendo, tão logo o Tribunal Judicial libere os documentos solicitados e esses cheguem a UEFA, o V.Setúbal corre o risco de dupla exclusão dos campeonatos em disputa, não só pela divida a terceiros (protegida pelo regulamento da UEFA), como também pela situação financeira de sua SAD.

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