Visita do presidente português “elevará a um novo patamar” as relações China-Portugal

O Presidente Cavaco Silva (D) e o Presidente da China, XI Jinping, passam revista à Guarda de Honra no Grande Palácio do Povo em Pequim, 15 maio de 2014. ESTELA SILVA/LUSA
O Presidente Cavaco Silva (D) e o Presidente da China, XI Jinping, passam revista à Guarda de Honra no Grande Palácio do Povo em Pequim, 15 maio de 2014. ESTELA SILVA/LUSA

Mundo Lusíada
Com Lusa

Na continuação da sua visita à China, o Presidente português Anibal Cavaco Silva foi recebido em 15 de maio com guarda de honra à entrada do Grande Palácio do Povo, na Praça Tianamen, no centro de Pequim.

Cavaco Silva iniciou em Xangai uma visita de uma semana à China a convite do presidente chinês, Xi Jinping. É a primeira visita de um chefe de Estado português ao país desde 2005.

O vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros com o pelouro da Europa, Wang Chao, considerou Portugal “um bom amigo e bom parceiro” da China, manifestando-se convicto que a visita do Presidente português “elevará a um novo patamar” as relações bilaterais.

“Tenho a certeza que a visita, além de constituir o clímax da celebração do 35.º aniversário das nossas relações diplomáticas, elevará a um novo patamar a parceria estratégica global China-Portugal”, disse Wang Chao.

Segundo o vice-MNE chinês desde 1979 as relações bilaterais “mantiveram um bom e firme crescimento” e “progrediram ainda mais” após o estabelecimento da parceria estratégica global em 2005. “China e Portugal têm respeitado e apoiado os interesses essenciais e as principais preocupações de cada um dos respetivos países e aumentaram a confiança mútua”, afirmou.

Aníbal Cavaco Silva (D), acompanhado pela mulher, Maria Cavaco Silva (C) e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete (E), durante a visita à Cidade Proibida,  em Pequim, 15 de maio de 2014. ESTELA SILVA/LUSA
Aníbal Cavaco Silva (D), acompanhado pela mulher, Maria Cavaco Silva (C) e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete (E), durante a visita à Cidade Proibida, em Pequim, 15 de maio de 2014. ESTELA SILVA/LUSA

O vice-MNE evocou a “forma calorosa” como Cavaco Silva recebeu em 2010 em Lisboa o então presidente Hu Jintao e as visitas à China de “importantes líderes” de Portugal, mencionando Jorge Sampaio, José Sócrates e Jaime Gama, recebidos em Pequim em 2005, 2007 e 2009, quando eram, respectivamente, Presidente da República, primeiro-ministro e presidente da Assembleia da República.

“O comércio bilateral está agora a aproximar-se dos 4 bilhões de dólares (2,91 mil milhões de euros), quatro vezes mais do que em 2005”, disse. Quanto à participação de companhias chinesas no programa de privatizações de Portugal, designadamente da China Three Gorges, State Grid e Fosun, Wang Chao considerou-a “uma cooperação mutuamente vantajosa, que beneficia as companhias envolvidas mas também os povos dos dois países”.

No encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping saudou o seu homólogo português como um “velho amigo” e manifestou “alto apreço” pelo papel de Cavaco Silva na resolução da questão de Macau. “Este é o nosso primeiro encontro, mas tenho a sensação de estar a reencontrar um velho amigo”, disse Xi Jinping.

Cavaco Silva recordou, por sua vez, que há 20 anos não visitava a China e felicitou a liderança chinesa pelo “progresso econômico, social e tecnológico” do país.

Beira Baixa
Em Castelo Branco, a ACICB – Associação Empresarial da Beira Baixa divulgou que organiza uma missão empresarial à China, no mês de setembro, que visa estabelecer parcerias ao nível dos setores econômico, político e do ensino.

Adelino Minhós, presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa, disse à agência Lusa que esta missão empresarial conta com o apoio da Câmara de Castelo Branco, Instituto Politécnico e da InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro.

A missão de oito dias inclui visitas a Macau e a Zhuhai, cidade com a qual Castelo Branco está geminada. “Temos produtos de alta qualidade e apesar de a produção não ser em quantidade, podemos aproveitar nichos de mercado na China”, adiantou.

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