VarigLog oferece US$ 24 milhões e leva

Varig VarigLog oferece US$ 24 milhões e leva Anac dá 30 dias para a empresa retomar suas atividades regularmente. Vôos domésticos e internacionais da Varig estão cancelados até dia 28, e a ponte Rio-São Paulo triplica nesta semana. Da redação, Vanessa Sene Após seis meses de negociações e agonia para cerca de 10 mil funcionários, finalmente a Varig foi vendida, nesta quinta-feira, 20 de julho, por US$ 24 milhões (cerca de R$ 52 milhões) para a VarigLog. A empresa aérea mais antiga do Brasil, tendo na presidência Marcelo Bottini, é detida agora pela Aéreo Transportes Aéreos, empresa criada pela VarigLog, para assumir todos os ativos da empresa, rotas nacionais e internacionais, as dívidas dos bilhetes emitidos e do programa de milhagem Smiles. De acordo com a Folha de S.Paulo, a Aéreo Transportes foi criada para evitar quaisquer problemas com a VarigLog, caso esta seja questionada na Justiça. A compra foi garantida por carta de fiança (US$ 75 milhões), entregue à Justiça. Ainda, já foi feito pela VarigLog um depósito de US$ 6 milhões na conta da empresa, para o valor emergencial de US$ 20 milhões, como garantia das operações aéreas da empresa até o leilão. A VarigLog, presidida por João Luis Bernes de Souza, ainda descartou mais concorrentes no leilão, já que as chances são “remotas” de outra empresa apresentar à Justiça um depósito para concorrer com a empresa, o que se confirmou. O presidente da Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, afirmou que o término foi melhor do que a falência. “É a solução que apareceu, é a boa solução. Muitas vezes o ótimo é inimigo do bom”, disse. Sobre os ex-funcionários, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que se trata de um “processo de desemprego momentâneo”, e que a VarigLog deve recontratar os funcionários demitidos, conforme for se recuperando no mercado. A intenção teria sido prometida pela própria empresa. "Há o compromisso da nova empresa no sentido de que toda a expansão dela será preenchida com trabalhadores da Varig” afirmou Rousseff. Para o juiz do processo de recuperação judicial da empresa, Luiz Roberto Ayoub, o caso incomum foi problemático. “Por ser novo, é lógico que nós juizes e o Ministério Público tivemos momentos de dúvidas e de dificuldades, com discussão de numerosas horas apenas em cima de um único inciso, para que pudesse ser aplicado de forma correta” afirmou. A empresa deve receber no total um valor de R$ 439 milhões, incluindo a emissão de debêntures (títulos conversíveis em ações) e a compra do passivo do Smiles e dos bilhetes emitidos, de acordo com Correio do Brasil. Existe ainda a parte inerte de uma dívida de quase R$ 8 bilhões, que não foi leiloada, e continua em recuperação judicial. Vôos da Varig Os vôos entre Rio de Janeiro e São Paulo da Varig foram triplicados. A empresa decidiu cancelar vôos domésticos e internacionais durante uma semana. Dentro da estratégia de recuperação da empresa, no próximo dia 28, os vôos devem ser restabelecidos gradualmente. Por enquanto, a ponte-aérea entre Rio-São Paulo aumentou de dez para 36, a partir desta sexta-feira, 21 de julho. A empresa esclareceu que todos os passageiros com reservas e bilhetes emitidos para qualquer vôo serão realizados por outras empresas aéreas. A medida é do Plano da Anac, em vigor desde 21 de junho. Anac A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) deu 30 dias para que a Varig retome suas linhas. A informação é do presidente da agencia, Milton Zuanazzi, após a compra da VarigLog. Até então as rotas da companhia haviam sido “congeladas” por decisão da Justiça. De acordo com a lei, qualquer empresa de transportes aéreos deve devolver as rotas se não operá-las por mais de 30 dias. Em um mês, a VarigLog deve se constituir como concessionária de serviço público. Durante o período, ela deve operar com concessão da Varig.

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