V Encontro de Negócios na Língua Portuguesa anuncia uma Confederação

Da RedaçãoCom Portugal Digital

 

A Algumas centenas de contatos empresariais, propostas de novos negócios e a criação de uma Confederação das Câmaras de Comércio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) são alguns dos resultados do V Encontro de Negócios na Língua Portuguesa que reuniu, em Fortaleza, empresários brasileiros, portugueses e da generalidade dos países lusófonos.

No encerramento do evento, o Conselho das Câmaras e a Câmara Brasil-Portugal no Ceará apresentaram, em linhas gerais, um balanço do encontro, que foi definido como um novo modelo. Nas palavras de Jorge Chaskelsmann, presidente da Câmara do Ceará, o Encontro representou “a vontade de aproximação dos povos em algo mais concreto, que é o mundo dos negócios”.

De acordo com a organização, durante os dois dias do evento passaram pelo Centro de Convenções 818 participantes de 23 países e 117 empresas. As rodadas de negócios realizadas durante o Encontro somaram 250.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, o Brasil tem poucos investimentos diretos em países de língua portuguesa e praticamente todos concentrados em Portugal e Angola. “Os governos têm como dever trabalhar para a cooperação econômica entre os países, mas são as empresas que precisam arregaçar as mangas e partir para a luta”.

Miguel Jorge explicou que dos investimentos diretos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no Brasil, na ordem de US$ 10 bilhões (6,8 bilhões de euros), Portugal detém a maior parcela, sendo que apenas US$ 25 milhões (17 milhões de euros) vêm de Angola. Jorge ainda anunciou que uma nova missão comercial irá à África do Sul, Angola e Moçambique, a terceira neste ano, e lembrou que “as empresas brasileiras podem aproveitar também para ampliar seus investimentos em países da Comunidade”.

O presidente do Conselho das Câmaras, Rômulo Soares, anunciou também que a Câmara Portuguesa do Rio Grande do Sul irá apresentar durante a reunião dos presidentes das câmaras presentes no evento, e que em 2011 projeto para realização de idêntica iniciativa será ampliada aos países do Mercosul.

“Não podemos deixar de enfatizar a reunião histórica do Conselho Empresarial da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), com representantes dos oito países membros e com decisões importantes como a criação de uma Federação Empresarial, entre outras medidas a serem tomadas”, afirma o presidente do Conselho das Câmaras.PresençasJá o presidente do Conselho das Câmaras afirmou, a propósito da ausência de representantes do governo português, que se tratou de um “encontro empresarial e que, portanto, visou reunir empresários”. Rómulo Soares referiu a existência de “problema de logística grande” na organização do Encontro, desde dificuldades de transportes por parte de participantes, vindos dos países africanos, a problemas na obtenção de vistos.

“Se as presenças não foram tantas quantas as desejadas, se me parece exagerado escrever, como li, que o Encontro de Negócios ‘transformou Fortaleza na capital mundial da Língua Portuguesa’, não deixa de ser um fato que o evento pode ser um primeiro passo para um novo modelo e certamente servirá de estímulo a outras iniciativas das câmaras luso-brasileiras” defendeu Alfredo Prado, do Portugal Digital.

De acordo com ele, governantes portugueses não estiveram presentes. O presidente de Portugal só iria a Fortaleza caso o presidente Lula também estivesse presente. O Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, esteve representando o presidente Lula nos dois dias de evento. Em representação ao Estado português esteve o embaixador João Salgueiro, como representantes diplomáticos de outros países convidados. “Tantas ausências, de empresários e de governantes, deve merecer a reflexão dos dirigentes associativos das câmaras portuguesas” defende.

No encerramento do evento, artistas dos países lusófonos dividiram o palco: o brasileiro Cacau, o guitarrista Tito Paris, de Cabo Verde; o cantor Tonecas, de São Tomé e Príncipe; José Amaral, do Timor Leste; o compositor e guitarrista Manecas Costa, de Guiné Bissau; o cantor Paulo Flores, de Angola; a orquestra Timbila Muzimba, de Moçambique; a fadista Raquel Tavares e o Maestro Paulo Borges, de Portugal, apresentaram um repertório com diferentes ritmos e sons de cada país”.

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