UniDouro quer “Plano Estratégico” para revitalizar setor cooperativo

UniDouro quer “Plano Estratégico” para revitalizar setor cooperativo A União das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Douro (UniDouro), organismo representativo de 21 adegas cooperativas, está a marcar presença na Expodouro. O objetivo da sua participação é promover os vários tipos de vinhos produzidos pelas suas associadas, bem como os novos produtos a serem apresentados ao público. Outra finalidade é desmistificar a idéia de que os vinhos de cooperativa são de baixa qualidade. Se por um lado o stand está repleto dos néctares da região, por outro, surgem novas idéias para revitalizar a vida cooperativa na região. De Portugal, Ígor Lopes “Os vinhos das cooperativas estão, hoje, ao nível do melhor que se faz na Região Demarcada do Douro”, garante José Manuel Lopes, presidente da UniDouro, que conta com cerca de 16 mil associados. Segundo esse responsável, atualmente, a grande aposta das cooperativas é na profissionalização do setor. Exemplo disso é a presença, cada vez mais marcante, de técnicos qualificados, como os enólogos. José Manuel Lopes adiantou ainda que está a ser feito um estudo, pelo Departamento de Economia e Gestão da UTAD, que irá traçar um “Plano Estratégico” para o setor cooperativo da Região Demarcada do Douro. Este documento vai apresentar um diagnóstico de cada cooperativa, de forma individual, que terá informações sobre o mercado no qual está inserida, a sua situação financeira, a sua estrutura fundiária e o tipo de associados que tem. Numa segunda fase, serão apresentadas propostas concretas para resolver os problemas do setor, que passam, essencialmente, pelo redimensionamento e profissionalização das cooperativas. Este responsável defende ainda a criação de uma empresa, onde todo o setor possa estar representado de acordo com a dimensão de cada cooperativa, o que aumentaria o poder de representação no atual mercado vinícola. A investida pode ainda atrair a participação financeira por parte do Estado. Essa comunidade empresarial, que terá como objetivo fazer as cooperativas trabalharem em conjunto, construindo uma marca forte, seria mais uma garantia para os pequenos e médios viticultores, que são a base social das cooperativas. “Hoje em dia, enfrentamos os desafios da globalização e a concorrência dos países da América do Sul, como Chile, Argentina, entre outros. Entendemos que as cooperativas devem estar preparadas para esse fato. Nesse sentido, o redimensionamento e a empresarialização do setor surgem como alternativa. Temos que transformar a gestão cooperativa, que muitas vezes é feita de forma amadora ou voluntariosa, numa gestão profissional”, sublinha. Essa medida pretende dar vida nova ao setor cooperativo, que passa hoje por momentos difíceis em termos de mercado e concorrência. Note-se que as adegas cooperativas, no seu conjunto, representam cerca de 40% da produção do vinho do Porto e do vinho de Mesa e cerca de 55% da produção total de vinhos da Região Demarcada do Douro.

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