TAP quer contratar 250 tripulantes para assegurar operação no verão

Da Redação com Lusa

A presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse que a companhia aérea está a contratar cerca de 250 tripulantes de cabine, para assegurar a operação de verão português, cuja época alta deverá começar no final de maio.

“Estamos a contratar cerca de 250 tripulantes, para assegurar que voamos de acordo com o planejado para o verão”, disse a responsável, na conferência de imprensa sobre os resultados da TAP em 2021, período em que apresentou um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros.

De acordo com Ourmières-Widener, os concorrentes europeus estão a tomar as mesmas medidas para o verão, o que torna o processo de recrutamento “desafiante”, sobretudo no que diz respeito a trabalhadores para o ‘call center’ de apoio ao cliente, que a TAP também quer reforçar.

Questionada sobre a falta de pilotos, a CEO disse não ver “quaisquer números que mostrem que são precisos mais pilotos”.

Prejuízo

A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa.

Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea nacional explica que registrou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões – por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil – que tiveram impacto nos resultados.

“Deve também ser destacado o impacto líquido negativo das diferenças cambiais (EUR 175,5 milhões) relacionado com a depreciação do euro face ao dólar (com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, sem impacto em caixa neste ano), e também a depreciação do real face ao euro”, acrescenta.

Na informação enviada à CMVM, a empresa diz ainda que as receitas operacionais atingiram os 1.388,5 milhões de euros, um aumento de 328,4 milhões (+31,0%) em comparação com as receitas operacionais de 2020.

Para além do aumento das receitas de passageiros de 218,8 milhões de euros, “este valor foi particularmente favorecido pelo aumento das receitas de carga e correio, que aumentaram 88,0% (EUR 110,5 milhões), compensando na totalidade o declínio de EUR 13,7 milhões (-20,1% YoY) das receitas de manutenção”, explica.

Num comunicado de imprensa entretanto divulgado, a empresa aponta uma “recuperação significativa do EBITDA recorrente no segundo semestre de 2021, anulando as perdas operacionais registadas durante o primeiro semestre, permitindo que o ano de 2021 fosse encerrado com um EBITDA recorrente positivo de 11,7 milhões de euros”.

Lembra que a primeira metade de 2021 “foi marcada por severas restrições à mobilidade doméstica e internacional devido à pandemia de covid-19, levando a uma imobilização quase total dos aviões da companhia aérea durante vários meses”.

Ao longo do segundo semestre – acrescenta -, “foi-se verificando a reabertura gradual das fronteiras, apesar de dois dos principais mercados da TAP, Brasil e EUA, só terem retomado os voos internacionais com Portugal durante o último trimestre do ano”.

No Brasil

A TAP Air Portugal anunciou que retomou o voo entre Porto Alegre e Lisboa, na ponte aérea serão três voos semanais às terças, quintas e sábados.

Atualmente, a TAP liga Portugal e Brasil com voos diretos entre São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Maceió, Porto Alegre, Recife e Salvador e Lisboa ou Porto. No total, são 11 as cidades do Brasil (13 rotas) que a TAP liga diretamente à Europa. Para o verão europeu, a TAP passa a operar com 73 voos por semana entre o Brasil e Portugal.

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