Salário mínimo vai ter aumento de 30 euros, para 665 euros em 2021

Da Redação
Com Lusa

O salário mínimo nacional (SMN) vai ter um aumento de 30 euros em janeiro de 2021, passando para 665 euros, foi anunciado pelo Governo português, que prepara medidas para compensar as empresas pelo acréscimo de encargos inerente.

O anúncio foi feito pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, numa conferência de imprensa após a reunião da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS), em que os parceiros sociais foram auscultados sobre a matéria.

Atualmente, o salário mínimo nacional é de 635 euros e o Governo tem como objetivo atingir os 750 euros no final da legislatura.

A UGT tem defendido um aumento de 35 euros para o SMN e a CGTP reivindica uma subida para 850 euros a curto prazo.

As confederações patronais têm contestado o aumento do salário mínimo nacional, argumentando com as dificuldades econômicas que as empresas atravessam devido à pandemia da covid-19.

O Governo tem competência para fixar o valor anual do salário mínimo nacional, depois de ouvir os parceiros sociais.

Insatisfação

A CGTP considerou que o aumento de 30 euros para o salário mínimo de 2021 é insuficiente e fica aquém do necessário para acabar com a pobreza dos trabalhadores.

“O aumento de 30 euros apresentado pelo Governo aos parceiros sociais é muito insuficiente e fica muito aquém do que é necessário para inverter a situação de pobreza dos trabalhadores e para ajudar a dar um novo rumo ao país”, disse à agência Lusa Ana Pires, da Comissão Executiva da Intersindical.

O Governo propôs hoje aos parceiros sociais um aumento de 30 euros para o SMN, de forma a que, em janeiro de 2021, esta remuneração passe dos atuais 635 para 665 euros.

Na reunião de concertação social a CGTP manteve a sua reivindicação da subida do SMN para os 850 euros a curto prazo.

“O SMN tem uma importância enorme para dar dignidade aos trabalhadores e para dinamizar a economia, pela via do consumo interno”, considerou Ana Pires.

A sindicalista manifestou ainda preocupação relativamente às contrapartidas que o Governo vai dar às empresas pelo aumento do SMN, como a devolução de uma parte da Taxa Social Única (TSU).

“Temos muitas reservas relativamente às medidas anunciadas. Se o Governo quer criar medidas de apoio às empresas que dele necessitam, não tem de usar o aumento do SMN para isso”, disse Ana Pires.

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