Reivindicação da Baixada Santista para reabertura de negócios é levada ao Estado de SP

Da Redação

O Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) está pleiteando a reclassificação da região no Plano São Paulo, criado pelo governo estadual com o objetivo de definir datas e regras para a retomada econômica em diferentes localidades.

A reivindicação é por mudança da bandeira vermelha para a laranja, o que permitiria a reabertura parcial de estabelecimentos comerciais já na próxima semana.

Nesta sexta-feira (29), o prefeito de Santos e presidente do Condesb, Paulo Alexandre Barbosa, comparecerá ao Palácio dos Bandeirantes, na Capital, para nova reunião com representantes do Estado, a fim de expor as estatísticas que podem proporcionar uma revisão da avaliação da Baixada Santista no plano apresentado quarta-feira.

Na noite desta quinta-feira, houve nova reunião entre os prefeitos da região e o secretário Estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, com mais discussões sobre assunto.

O número de pacientes internados com sintomas da covid-19, na rede hospitalar de Santos, apresentou redução de 2,5%, nas últimas 24 horas. Na quarta-feira (27), eram 431 nos hospitais públicos e privados e, nesta quinta (28), são 420.

A taxa de ocupação dos 874 leitos disponíveis está em 48%. Deste total de internados, a maioria reside em outras cidades: 220 (52,4%). Os 200 munícipes de Santos internados correspondem a 47,6%.

A Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep) recebeu, nesta quinta (28), 90 notificações de resultados positivos entre munícipes de Santos, passando o total de casos de 3.170 para 3.260. A alta foi de 2,8% nas últimas 24 horas. Entre as novas confirmações, três são de munícipes que faleceram entre os dias 7 e 24 de maio: uma mulher, de 100 anos, e dois homens, de 71 e 74 anos. Agora, a Cidade contabiliza 140 óbitos pelo novo coronavírus.

ABC Paulista também reivindica

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC protocolou, na noite desta quinta-feira, proposta de reconsideração das regras de flexibilização da quarentena em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

O documento ressalta que a Região Metropolitana de São Paulo é dividida em seis diferentes Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS), sendo uma delas correspondente ao Grande ABC. A proposta do Consórcio ABC pleiteia a transição das sete cidades para o mesmo grau da capital na nova fase do plano de retomada econômica do Estado.

O ofício foi entregue pelo presidente do Consórcio ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, pelo vice-presidente da entidade regional e prefeito de Diadema, Lauro Michels, e pelo prefeito de Mauá, Atila Jacomussi.

Os prefeitos de Santo André, Paulo Serra, de São Bernardo, Orlando Morando, de São Caetano, José Auricchio Júnior, e de Ribeirão Pires, Adler Teixeira – Kiko, acompanharam o encontro virtualmente.

Uma das principais cidades da região, São Bernardo já confirmou 1.460 casos na cidade, e 194 óbitos por covid-19, tendo atualmente cerca de 250 internados na rede de saúde. “Eu fiquei indignado quando vi o plano de flexibilização da quarentena no Estado. As novas regras não permitem que São Bernardo faça a reabertura de nenhum setor. Enquanto isso, a Capital já foi colocada na Fase 2, com a retomada de algumas atividades, como shoppings, comércios, escritórios, concessionárias e imobiliárias. Qual é a lógica disso? Nossa cidade tem números muito melhores. A taxa de ocupação de UTI está menor e o número de infectados por 100 mil habitantes também. Não faz sentido flexibilizar a Capital e deixar São Bernardo fora disso. Vamos acionar o Ministério Público para que haja justiça” declarou Orlando Morando.

O plano de flexibilização do governo de São Paulo, dividido em cinco fases do programa que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul), levou críticas de algumas regiões que querem retomar economia.

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