Mundo Lusíada
Com Lusa
O Presidente de Portugal, Cavaco Silva, considerou que alguns indicadores permitem ter a esperança de que a recuperação da economia portuguesa “pode ser uma realidade não muito distante”, mas ressalvou que “nada está garantido”.
Durante a sessão comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Cavaco Silva considerou que Portugal está “a fazer um esforço muito sério e responsável para honrar os compromissos assumidos” com o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.
“Existem sinais que nos permitem ter confiança no futuro. Nada está garantido, até porque é grande a nossa dependência do exterior, mas alguns indicadores permitem-nos ter esperança de que a recuperação económica pode ser uma realidade não muito distante”, acrescentou.
O Presidente da República afirmou, em seguida, que para que isso se verifique é preciso o “empenho de todos: maior eficiência na ação dos poderes públicos, mais trabalho e produtividade, uma aposta firme na inovação e na qualidade, uma ação decidida na conquista de novos mercados externos, mais apoio às pequenas e médias empresas”.
“Há razões para estarmos atentos, mas também há motivos para termos esperança, com realismo, com responsabilidade”, resumiu.
Desemprego
O presidente defendeu ainda que os níveis de desemprego em diversos países europeus irão tornar-se socialmente insustentáveis e que é urgente adotar novas medidas de emprego à escala nacional e à escala europeia.
“O combate à falta de emprego, sobretudo entre os mais jovens, deve estar no topo das prioridades da agenda social europeia. Diversos Estados europeus defrontam-se atualmente com níveis de desemprego que, do ponto de vista social, se irão tornar insustentáveis a curto prazo e a coesão interna de cada país irá projetar-se negativamente na coesão da Europa como um todo”, afirmou Cavaco Silva.
“É urgente passar das palavras aos atos e adotar novas políticas de emprego, quer à escala europeia, quer à escala nacional”, acrescentou Cavaco Silva, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
O presidente considerou que “os líderes da União Europeia estão hoje mais atentos à necessidade de uma política de crescimento e de combate ao desemprego”.