Presença de Lula em Davos foi importante para negociações da OMC, defende Amorim

Wilson Dias/ABr

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim (D), encontra-se com o presidente do México, Felipe Calderón, durante o Fórum Econômico Mundial.

"A presença do presidente foi muito importante para dar uma visão empenhada na reforma social mas, ao mesmo tempo, engajada na defesa da democracia, engajada nas negociações comerciais", afirmou Amorim na quinta-feira, 01 de fevereiro, após encontro com o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn, em Brasília.

Aspecto destacado por Amorim foi o fato de Lula mencionar, em todos os seus encontros e plenárias, a necessidade de se retomar as negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) – paradas desde julho de 2006. O presidente repetiu em diversas ocasiões que regras mais justas no comércio internacional proporcionariam possibilidades de desenvolvimento ao países mais pobres do planeta e poderiam até mesmo evitar guerras e ações terroristas.

“Mesmo quando estava falando da pobreza no Brasil, de América do Sul e América Latina, o presidente não perdeu ocasião de falar da importância da rodada da OMC, e as palavras dele são um incentivo muito grande porque é um líder muito representativo”, disse Amorim. “Claro que ele fala em nome do Brasil, mas isso tem uma repercussão que transcende o país”.

O presidente Lula passou pouco mais de 24 horas em Davos. Chegou no dia 25 às 15 horas e retornou ao Brasil às 20 horas do dia seguinte (horário de Brasília). Nesse período, participou de plenárias sobre a erradicação da fome e sobre a América Latina, teve reunião política com líderes mundiais para impulsionar a Rodada Doha. Aproveitando a presença de mais de mil executivos de grandes corporações entre os 2,4 mil participantes do fórum, o presidente fez um apelo para que os empresários pressionem seus governos pelo destravamento da atual rodada de negociações da OMC.

A agenda do presidente nesta sua terceira ida a Davos incluiu, ainda, audiências com o presidente mexicano, Felipe Calderón, e com primeiro-ministro britânico, Tony Blair, reuniões privadas com executivos de grandes corporações como Google, Citigroup e Coca-Cola e encontro informal com cerca de 80 empresários do mundo todo.

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