Portugal sobe 15 lugares no “ranking” de competitividade e cria perspectivas para o investimento

MinistroEconomiaAntonioPiresLima

Mundo Lusíada
Com agencias

De acordo com o Global Competitiveness Index divulgado pelo World Economic Forum, um dos principais indicadores de competitividade a nível mundial, Portugal subiu quinze posições face à edição anterior, passando a ser considerado o 36º país mais competitivo a nível internacional.

Nesta edição 2014-2015, Portugal inverte um movimento de queda que, com exceção de 2011, se verificava já desde 2005, e registra uma classificação mais elevada do que a Polônia, por exemplo, país concorrente direto na captação de investimento.

À semelhança do que já tinha acontecido em Maio, aquando da publicação do ranking de competitividade do Institute for Management Development, em que Portugal tinha subido três lugares, para a 43ª posição (a primeira melhoria desde 2009), Portugal voltou a ver reconhecido internacionalmente o esforço de transformação estrutural da economia nacional ocorrido nos últimos anos. Pela primeira vez nos últimos três anos, Portugal registra uma melhoria simultânea nestes dois importantes rankings mundiais de competitividade.

Portugal reconquistou a sua credibilidade internacional e é hoje um País mais competitivo, mais sustentável e mais integrado na economia global. A Aicep conclui que, mantendo o ímpeto reformista, Portugal poderá vir a beneficiar de mais e de melhor Investimento nos anos vindouros.

Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, Portugal registrou melhorias na criação de negócios (subida de 84 lugares em oito anos, para a 5ª posição), e obteve também maior flexibilização no mercado de trabalho (113º lugar, entre 144 países analisados).

Quanto à dívida pública, o País está em 138º lugar, no setor financeiro em 104º, e na facilidade de acesso ao crédito, no 108º. Em relação à qualidade educativa, Portugal está em 40º lugar, e na inovação ocupa a 37ª posição.

Os melhores registros portugueses estão na qualidade das estradas (2º lugar) e na gestão das escolas (4º lugar). A pontuação global de Portugal no índice de competitividade subiu de 4,40 para os 4,54, em sete pontos possíveis.

Atrativo para Investimento
“Este é um relatório muito ansiado por ser o que tem maior expressividade entre os investidores”, afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima.

Lembrando que nos últimos sete anos, não foram registrados progressos, a situação agora se inverte “com um salto de 15 lugares na classificação que merece ser saudado, pelo que representa junto dos investidores internacionais”. “Estas notícias são boas para o País e para os portugueses, porque a competitividade está ligada à sustentabilidade, e existe uma grande determinação em tornar Portugal atrativo para o investimento externo”, referiu António Pires de Lima.

O Ministro afirmou ainda que Portugal não pode ser um país deprimido. “Temos de mudar o paradigma econômico e deixar de procurar rendimentos fáceis. Precisamos de contrariar as adversidades para alimentar a cadeia positiva que ajuda à recuperação econômica e ao crescimento, sendo também necessário que o interesse das empresas esteja alinhado com os gestores, os trabalhadores e os acionistas, para atrair investimento externo”.

Segundo ele, a Europa vive um “braço de ferro” entre forças positivas, que lutam pelo crescimento da economia e pelo combate ao desemprego, e aspetos negativos, como a burocracia do Estado e a pesada carga fiscal. E lembrou dados que mostram a queda do desemprego, sendo criados 100 mil novos postos de trabalho no último ano.

“Portugal colou-se agora a países como a Espanha, ultrapassando a República Checa, a Polônia ou a Itália, e distanciando-se da Grécia. A par da Romênia, fomos o país da União Europeia que registrou maiores progressos”, realçou.

“Desde dezembro de 2012, o sentimento de confiança dos agentes econômicos é cada vez maior em Portugal. Em julho e agosto de 2014 esta evolução continua muito positiva, havendo um ambiente construtivo que é bom para a economia, uma vez que esta vive da gestão de expectativas”.

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