Portugal reabre setores do comércio em maio e junho, anuncia Primeiro-Ministro

Da Redação
Com Lusa

O Conselho de Ministros anuncia no próximo dia 30 quais os setores comerciais que retomam a atividade com normas de segurança em 4 e 18 de maio e 1 de junho, afirmou o primeiro-ministro de Portugal.

António Costa falava aos jornalistas após ter estado reunido com a Confederação do Comércio Português, que, por sua vez, convidou para estarem presentes as associações de comerciantes de Lisboa, Viseu e Fafe.

Segundo o primeiro-ministro a reunião visou “testar quais as normas de higienização para que todos sintam segurança na ida aos estabelecimentos” a partir do momento em que sejam levantadas as restrições ao funcionamento da atividade destes setores.

“Todos os setores de atividade estão a definir normas de segurança, que terão de ser validadas pela Direção Geral de Saúde. Essas normas têm de estar todas em condições de ser aplicadas quando, no dia 30 de abril, o Conselho de Ministros anunciar qual é o calendário de libertação das normas de confinamento”, salientou o líder do executivo.

De acordo com António Costa, “as normas de libertação de confinamento entrarão em vigor de 15 em 15 dias, as primeiras em 4 de maio, as segundas em 18 de maio e outras a 1 de junho”, embora não abranjam ainda todos os setores de atividade.

“Portanto, em 30 de abril, após o Conselho de Ministros, anunciaremos as atividades que a 4, a 18 ou a 1 de junho poderão retomar – e sempre com restrições em lotação e em matéria proteção de equipamento individual, seja para quem está a atender, seja em alguns casos para os clientes”, frisou.

“O que está previsto neste momento, e estudado, é a hipótese de alguns estabelecimentos abrirem a partir do 4 de maio, de uma forma escalonada ou com um escalonamento semanal ou quinzenal”, disse o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

Sem precipitação

O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor garantiu que o Governo não será precipitado quanto à retoma da atividade econômica e que não se vai regressar a uma realidade pré-covid-19 nas próximas semanas.

“Não vamos tomar medidas com precipitação, nós ainda nos encontramos na vigência do estado de emergência. Quando o Governo vier a determinar o levantamento da suspensão de algumas atividades econômicas, seguramente vai fazê-lo com um conjunto de restrições, para que não sejamos levados a induzir na sociedade a ideia de que vamos voltar a normalidade antes da covid-19”, disse o governante.

Reafirmando uma preocupação com a saúde pública, mas também com a retoma da atividade econômica, o secretário de Estado sublinhou que os primeiros 15 dias após a reabertura de alguns estabelecimentos comerciais serão de transição, com a adoção de especiais cuidados e o acompanhamento permanente da evolução da doença.

“O foco do Governo será justamente o de permitir o levantamento de algumas suspensões, com cautela, com demagogia, para que seja induzida confiança nas relações comerciais”, acrescentou João Torres.

Quanto às prioridades para a retoma, uma vez que ela deverá acontecer de forma faseada, o Governo deverá privilegiar o chamado comércio de bairro ou de proximidade.

Por exemplo, o setor do retalho automóvel se prepara para reabrir em 04 de maio, adiantou o secretário-geral da ACAP – Associação Automóvel de Portugal. Hélder Pedro deu ainda conta de propostas de medidas, incluindo o regresso do programa de incentivo ao abate “para [veículos] novos e usados”.

“Achamos que o comércio de usados tem sido o mais afetado, a paralisação é total e é necessário que haja esse apoio. Pedimos a Bruxelas que recomende aos Estados-membros estes programas e que os fundos a transferir incluam uma parte para renovar o parque automóvel”, adiantou.

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