Da Agencia Lusa
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João Abreu Miranda/Lusa
O Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, durante a visita ao empreendimento hidroelétrico da barragem da Venda Nova II, em Vieira do Minho, Braga. Quarta-feira 07 de Marco de 2007. |
O presidente da Energias de Portugal (EDP), Antônio Mexia, disse em 09 de março que Portugal é um dos países da União Européia (UE) que está em melhores condições para liderar a aposta nas energias renováveis. Mexia comentava a meta acordada nesta sexta-feira pelos chefes de Estado e governo da UE, em Bruxelas, de que 20% da energia consumida na UE, em 2020, seja obtida de fontes primárias renováveis (vento, água, sol e biomassa).
"Portugal está na linha da frente no que diz respeito à fixação de metas, principalmente a de 45% de produção com fontes renováveis em 2010", afirmou o presidente da EDP, controladora da Energias do Brasil, à Lusa.Mexia disse ainda que "é sempre mais fácil liderar" quando se trata daquilo que está sendo defendido dentro de seu próprio país.
Isto porque o primeiro-ministro português, José Sócrates, estabeleceu como meta, em 24 de janeiro, aumentar de 39% para 45% o peso das renováveis no total da eletricidade consumida em Portugal, até 2010. Sócrates fixou também como objetivo, para a mesma data, que 10% do combustível utilizado nos transportes seja biocombustível.
Mexia disse à Lusa que, com estas metas, "a presidência portuguesa [da UE, no segundo semestre], estruturalmente, pode transmitir uma energia muito positiva aos restantes Estados-membros, porque está na linha da frente nesta questão"."Portugal está, também, na linha da frente daquilo que é a construção de um mercado, neste caso primeiro regional, mas também mercado europeu de energia, e na liberalização", acrescentou o executivo.Investimentos em renováveisA EDP anunciou que vai investir 2,9 bilhões de euros (cerca de R$ 8 bilhões) nas energias renováveis até 2010, mais de 90% dos quais nas eólicas.
A capacidade eólica instalada da EDP em 2006 totalizou 1.568 megawatts (MW), 8% acima do objetivo estipulado, e deverá triplicar até 2010, para 4.200 MW, segundo o plano de negócios da elétrica apresentado em 22 de janeiro.
Além do aumento de capacidade em Portugal, a elétrica prevê se expandir para os EUA e Europa, onde os mercados prioritários são França, Itália e possivelmente Reino Unido e Polônia.