Portugal, Europa e América Latina a funcionar como estratégia de contrapeso à Ásia e Pacífico

Mundo Lusíada

PrimeiroMinistro_PassosCoelhoAconteceu em 27 de novembro a conferência subordinada ao tema “Portugal, a Europa e a América Latina – A Renovação dos Laços Transatlânticos”, em Londres, Inglaterra.

“O elo transatlântico deve envolver tanto a América do Norte como do Sul, para que funcione como um contrapeso estratégico à cada vez mais competitiva região da Ásia e Pacífico”, afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

Sublinhando a necessidade de um esforço trilateral para concretizar ideias como um mercado transatlântico, o Primeiro-Ministro português referiu ainda que “deve ser dada especial atenção à forma como os países latino-americanos possam relacionar-se com os acordos que emergem das negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos”.

Pedro Passos Coelho acrescentou também que uma troca de cérebros seria positiva, através da facilitação no movimento de trabalhadores qualificados entre os dois lados do oceano, e maior colaboração na área da energia, uma vez que “a Europa importa a maioria da sua energia de regiões com instabilidade considerável”.

Passos Coelho lembrou que “os desenvolvimentos na extração de gás de xisto, petróleo, biocombustíveis e energia geotermal na América podem ajudar à mudança da paisagem energética global”.

Referindo-se à crise europeia, Pedro Passos Coelho, afirmou que pensa “que muito da saída da crise europeia depende do que acontecer em Portugal. Não porque a nossa pequena economia seja um grande peso na Europa. Mas porque conquistamos uma forte credibilidade entre os nossos parceiros europeus e porque a experiência portuguesa é um teste às instituições europeias e ao próprio projeto europeu”.

O Governo português entende que o debate na União Europeia deve centrar-se na reforma dos próprias instituições e procedimentos, referindo a necessidade de uma União Bancária para “quebrar o círculo vicioso entre crises soberanas e os sistemas bancários”.

O Primeiro-Ministro referiu os sacrifícios feitos pelos portugueses, na “pior crise europeia desde a fundação” da UE, em 1957, mas manifestou confiança na recuperação econômica de Portugal, referindo os mais recentes indicadores sobre o crescimento econômico e o aumento das exportações.

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