Portugal anuncia investimento de 4 ME para melhorar redes hidrometeorológicas

Mundo Lusíada
Com agencias

Foto: Lusa
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O Governo português anunciou em 05 de dezembro que vai investir quatro milhões de euros na melhoria das redes de monitorização hidrometeorológicas, que permitem recolher dados úteis em casos de inundações, secas e combate a incêndios.

“A cabal aplicação da Diretiva Quadro da Água (DQA) e de outros instrumentos de gestão estão intrinsecamente ligados à qualidade das redes de monitorização existentes e que proporcionam a informação necessária à tomada de decisão. Nesse sentido, Portugal tem já em curso o processo de renovação das redes hidrológica e hidrometeorológica no continente”, afirmou Paulo Lemos, secretário de Estado do Ambiente, citado num comunicado emitido pela tutela por ocasião do VIII Congresso Ibérico da Água, em Lisboa.

De acordo com o secretário de Estado do Ambiente, este investimento pretende “robustecer a monitorização possibilitando, desta forma, uma gestão dos recursos apoiada em conhecimento e uma fiscalização mais eficazes”.

Segundo o Secretário de Estado do Ambiente, o desafio consiste em refazer um sistema de informação com novas funcionalidades a nível da gestão de emergências, através dos avanços tecnológicos.

Para o Secretário de Estado do Ambiente, um dos principais desafios relacionados com a gestão da água prende-se com o encontrar de um equilíbrio entre a sustentabilidade econômica e financeira dos sistemas de abastecimento e a sustentabilidade ambiental e social em matéria de qualidade e acesso ao recurso. Assim, defendeu, a opção estratégica central da política de ambiente tem de assentar na gestão eficiente de recursos, que deve ser abordada com uma filosofia de integração. “Uma utilização sustentável é indissociável das sociedades modernas. É imprescindível uma gestão eficaz para a proteção dos recursos hídricos, principalmente num País onde a variabilidade climática gera frequentes situações de stress hídrico”, frisou.

Problemas

De acordo com os dados mais recentes da FAO, Portugal sofre de problemas de escassez de água a um ponto que o coloca na lista dos 10 países da OCDE com maiores problemas de escassez. Apesar disso, e de acordo com o mesmo estudo, a captação de água per capita será a segunda maior na OCDE, sendo apenas ultrapassada por Espanha.

Portugal encontra-se no segundo ciclo de planos de gestão de bacia hidrográfica, enquadrados pela DQA, relativamente aos quais se pretende alcançar não só uma maior harmonização nacional como também uma maior articulação com Espanha, nas bacias partilhadas. “Neste novo ciclo, optou-se por elaborar planos mais simples e pragmáticos, de fácil compreensão, que estabeleçam claramente a relação entre os problemas existentes e as medidas programadas para sua resolução”, afirmou o Secretário de Estado.

Na articulação com Espanha, que se encontra também já a preparar o segundo ciclo de planejamento, houve já lugar a uma harmonização dos calendários das duas partes para garantir uma abordagem conjunta aos problemas comuns e partilhados.

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