Passos Coelho visita Embraer em Évora e destaca empresas de base portuguesa no projeto

Mundo Lusíada
Com Lusa

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, destacou em 24 de junho a participação de empresas portuguesas no projeto da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em Évora, considerando que constitui “um valor acrescentado” para a indústria nacional.

Após uma visita às fábricas de Évora da construtora aeronáutica brasileira, Passos Coelho realçou que o projeto da Embraer na cidade alentejana integra “um conjunto de fornecimentos que está a ser alargado por um número muito elevado de empresas de base portuguesa”.

“Isto significa que, dentro deste modelo global e de internacionalização da própria empresa, existe uma parte de valor acrescentado para a própria indústria nacional e para o mercado português”, disse.

Assinalando que este investimento da Embraer “tem uma grande importância para Portugal”, Passos Coelho frisou que o projeto introduz no país “uma capacidade muito relevante ao nível da indústria aeronáutica” e a “possibilidade bastante alargada de desenvolver um ‘cluster’ aeronáutico”.

O presidente da Embraer, Frederico Curado, referiu que a empresa está “num processo de crescimento de produção e de contratação de pessoal”, devido à “visão que foi estabelecida” de “crescimento contínuo até 2015”. Frederico Curado adiantou que a Embraer está introduzindo nas fábricas de Évora “mais pacotes (frentes) de trabalho” para que a atividade nas duas unidades seja “cada vez mais intensa e mais produtiva”.

No caso do novo avião militar KC-390, avançou que vão existir duas frentes de trabalho em Portugal, uma a cargo da Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA) e da Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), e outra nas fábricas da cidade alentejana. “Fabricaremos em Évora parte do que seria o conteúdo brasileiro, que são empenagens do avião e os revestimentos de asa”, especificou.

Frederico Curado adiantou que as duas fábricas de Évora empregam, atualmente, cerca de 120 pessoas, mas que o número deve aumentar “provavelmente” até aos 180 postos de trabalho até ao final deste ano.

O presidente da Embraer disse ainda que a empresa continua a perspectivar que as unidades na cidade alentejana empreguem 400 pessoas “daqui a uns dois anos”, podendo depois eventualmente atingir ou até mesmo ultrapassar os 600 postos de trabalho.

Passos2_EmbraerEvoraAs duas fábricas de Évora da Embraer, o terceiro maior fabricante mundial de aviões comerciais, foram inauguradas a 21 de setembro 2012, após um investimento de 177 milhões de euros.

Mais empenhado está o Governo
“Eu julgo que em Portugal todos estamos preocupados em conseguir antecipar a retoma da economia. Portanto, os empresários não estão mais empenhados do que o Governo nesses objetivos”, declarou o primeiro-ministro.

O chefe do Governo referiu que o país está a ultrapassar um primeiro momento de “emergência financeira séria”, que coexistiu com um segundo momento que “será agora aprofundado” e que implica “transformações do lado da economia e do lado das instituições públicas”.

“Um terceiro momento está agora também a arrancar que é o do investimento”, realçou Passos Coelho, indicando que o Governo pode agora “apostar mais no investimento e na criação dos empregos” que o país necessita para que “mantenha a coesão social e possa vir a crescer no futuro”.

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