Passos Coelho afirma que setor exportador em Portugal já ultrapassou a crise

Mundo Lusíada
Com Lusa

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho (D), acompanhado pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira (E) e pelo presidente do SISAB, Carlos Morais (C), durante a sessão de abertura da 17.ª Edição do Salão Internacional do Vinho, Pescado e Agro-Alimentar "Sisab-Portugal 2012", no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, 27 de fevereiro de 2012.

O primeiro-ministro português elogiou as empresas portuguesas exportadoras e considerou que com base nos dados de 2011 poderia dizer-se que esse setor “já ultrapassou a crise e aguarda pacientemente pelo resto da economia”.

Durante a abertura do 17º Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), no Pavilhão Atlântico, dia 27 de fevereiro em Lisboa, Pedro Passos Coelho apontou os exportadores portugueses como a alavanca para a recuperação do país. “Contamos convosco. É de vós que depende o nosso sucesso”, declarou.

Apesar dos elogios, Passos Coelho desafiou os empresários portugueses a se juntarem para alcançarem resultados ainda melhores, considerando que “os produtores portugueses terão muito a ganhar se souberem trabalhar em conjunto para entrar em novos mercados de exportação”.

No seu discurso, o primeiro-ministro defendeu que a adesão ao euro favoreceu a economia portuguesa: “A união monetária, longe de nos colocar constrangimentos de competitividade, tem sido um desafio e uma oportunidade a que muitos em Portugal, a começar pelos nossos exportadores, têm sabido responder”.

Passos Coelho referiu depois que “as exportações de bens e serviços aumentaram 13,3% no ano passado face a 2010, uma das taxas de crescimento mais elevadas da zona euro” e que “o volume das exportações em 2011 excedeu já significativamente o volume registrado em 2008, antes da atual crise financeira”.

“Poderíamos ser inclinados a dizer que o nosso setor exportador já ultrapassou a crise e aguarda pacientemente o resto da nossa economia”, concluiu. Segundo o primeiro-ministro, isso se deve à rapidez com que as empresas portuguesas se deslocaram para “setores com melhores oportunidades”.

Passos Coelho considerou, por outro lado, que Portugal tem hoje “um tecido empresarial diversificado, com conhecimentos adquiridos em setores muito diferentes, povoado por uma nova geração com outras habilitações escolares e mais familiarizada com o mundo”, o que é “um ponto de partida excelente para desenvolver uma nova cultura econômica de flexibilidade, versatilidade e, sobretudo, rapidez”.

De acordo com ele, ao Governo cabe “libertar e aproveitar a iniciativa” das empresas exportadoras “através de um conjunto cuidadosamente desenhado de reformas estruturais capazes de eliminar importantes bloqueios”. A este propósito, Passos Coelho destacou “a importância da concorrência”, alegando que a nova lei da concorrência aprovada na generalidade no Parlamento vai levar à “eliminação de núcleos injustificados de privilégio e de rendas econômicas” que “não são mais do que pequenos ou grandes monopólios”.

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