Relatório da organização mostra que é crítica situação socioeconômica e que país registra níveis sem precedentes de desemprego e queda de investimento; documento diz que são necessárias medidas adicionais para combater a crise de empregos.
Da Redação
Com Rádio ONU
A Organização Internacional do Trabalho alertou que Portugal perdeu um de cada sete empregos no país desde o início da crise financeira global, em 2008. O índice de desemprego atual é de 17%.
A informação consta do relatório “Combatendo a Crise de Empregos em Portugal” divulgado em 04 de outubro. O documento diz que é crítica a situação socioeconômica portuguesa.
Segundo a OIT, o país registra níveis sem precedentes de desemprego, uma queda drástica dos investimentos em setores de produção e uma recuperação econômica muito fraca.
O documento mostra que a piora aconteceu em 2011, com o início do programa de assistência financeira. Os mais atingidos foram os jovens e as famílias com crianças pequenas.
O chefe do departamento de pesquisa da OIT, Raymond Torres, afirmou que a maior parte da política implementada tem como objetivo reduzir o déficit fiscal e aumentar a competitividade.
Torres disse que os cortes nos salários e nos programas de assistência, combinados com o aumento de impostos, corroeram a renda familiar e a demanda interna.
Ele declarou que as pequenas e médias empresas lutam para conseguir crédito, o que significa menos oportunidades para criação de empregos. O relatório conclui que é possível reduzir o déficit fiscal e o desemprego ao mesmo tempo.
Recomendação da ONU
Para combater a situação do desemprego, a OIT sugere que Portugal melhore as condições de crédito para pequenas empresas e crie instituições para ajudar no mercado de trabalho e programas especiais para grupos menos favorecidos.
O relatório “Combatendo a Crise de Empregos em Portugal” revela ser fundamental o programa de investimento, com a participação do Banco de Investimento Europeu, para alcançar os objetivos.
De acordo com o responsável, as pequenas e as médias empresas lutam para conseguir crédito, no que resulta em menos oportunidades para a criação de empregos.
Torres explica que algumas da políticas sugeridas pela agência da ONU terão um custo público inicial, a curto prazo, mas devem servir para impulsionar o processo de recuperação de empregos.