Novo Banco perde quase 400 trabalhadores em seis meses

Da Redação
Com Lusa

Agencia do banco em Lisboa. Foto: MARIO CRUZ/LUSA

Novo Banco fechou o primeiro semestre com 5.706 trabalhadores no primeiro semestre deste ano, menos 390 pessoas do que no final do ano passado, segundo anunciou a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo os resultados do primeiro semestre, o Novo Banco tinha 5.706 trabalhadores em junho de 2017, menos 390 (ou 6,4%) do que em dezembro de 2016 e menos 619 pessoas (ou 9,8%) do que em junho do ano passado. Do total de funcionários do Novo Banco, 5.321 trabalhavam na rede interna e 385 na rede internacional.

O Novo Banco também reduziu a rede de balcões: eram 475 em junho, quando há seis meses eram 537 e há um ano 606. Face ao final do ano passado, o número de balcões desceu 11,5% (menos 62) e em termos homólogos caiu 21,6% (menos 69).

As metas de corte de trabalhadores e de reduções de balcões foram exigidos por Bruxelas no âmbito do Plano de Reestruturação do banco. O Novo Banco está em processo de venda ao fundo de investimento norte-americano Lone Star.

O Novo Banco teve prejuízos de 290,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, uma melhoria face aos 362,6 milhões de euros negativos registados entre janeiro e junho do ano passado, divulgou em comunicado ao mercado.

Na informação divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo bancário nascido com a resolução do BES, em agosto de 2014, destacou que o resultado operacional (antes de imparidades e impostos) foi positivo em 171,5 milhões de euros, um aumento de 20,5% face ao mesmo período de 2016, considerando que é “demonstrativo da capacidade de geração de resultados por parte do grupo Novo Banco”.

Já as imparidades e provisões totalizaram 413,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, uma redução de 28,4% face ao total de 576,7 milhões de euros contabilizado no período homólogo de 2016.

300 saíram da CGD

Cerca de 300 trabalhadores saíram da CGD desde início do ano em reformas e pré-reformas, e mais 348 poderão sair em reformas, mas também em rescisões por mútuo acordo, segundo o presidente do banco público.

Segundo o presidente executivo do banco, Paulo Macedo, “até hoje 300 pessoas cessaram o seu vínculo ao banco e 248 pessoas manifestaram interesse em reformar-se ou pré-reformar-se”.

Além disso, explicou, em conferência de imprensa em Lisboa, cerca de 100 trabalhadores manifestaram também interesse em sair do banco mas no âmbito do programa de rescisões por mútuo-acordo que decorre até setembro.

No final de junho deste ano, o banco detido a 100% pelo Estado tinha 8.070 empregados em Portugal.

A CGD foi recapitalizada no início deste ano em mais de 4.000 milhões de euros. No âmbito dessa recapitalização, o banco público acordou com Bruxelas um programa de reestruturação que passa por alterações no modelo de negócio, venda de operações no estrangeiro, fecho de agências e saída de trabalhadores.

O objetivo é chegar com menos 2.000 pessoas até 2020, através de pré-reformas e rescisões amigáveis, num ritmo de saídas de 500 a 600 trabalhadores por ano.

A CGD já tinha vindo a emagrecer a sua estrutura nos últimos anos, inclusivamente com a saída de trabalhadores.

Em junho, o banco público anunciou aos sindicatos que ia avançar com um programa de rescisões por mútuo acordo, que se soma ao programa de pré-reformas já em vigor, para acelerar a saída de trabalhadores.

O objetivo é atingir o objetivo de este ano reduzir em mais de 500 pessoas o quadro de pessoal.

Aos trabalhadores que queiram aderir que descontam para a Caixa Geral de Aposentações é oferecida uma indenização de 2,1 meses por cada ano de trabalho, no máximo de cinco anos, e aos trabalhadores que descontam para a segurança social (trabalhadores mais recentes ou de empresas do grupo Caixa) 1,6 meses por cada ano de serviço, também no máximo de cinco salários.

Os trabalhadores poderão ainda manter algumas vantagens de crédito à habitação e serviços de saúde.

A CGD apresentou prejuízos de 50 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com os 205 milhões de euros negativos registrados entre janeiro e junho de 2016.

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