Mundo Lusíada
Com Lusa
As novas orientações da diplomacia econômica vão permitir olhar para as comunidades de forma mais séria, disse em Joanesburgo o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.
O governante, que reúne em 09 de janeiro com a coordenação do ensino do Português na África do Sul, com conselheiros comunitários e agentes econômicos na cidade de Joanesburgo, disse à agência Lusa que a diplomacia econômica vai passar a ser uma prioridade, e que a estrutura diplomática se adaptará ao novo modelo de intervenção do Estado junto dos países e comunidades onde elas se inserem.
“Até aqui, a diplomacia econômica era considerada importante mas era feita de forma isolada por vários ministérios. A partir de agora há uma organização diferente e as delegações da AICEP e do Turismo de Portugal passam a trabalhar subordinadas e articuladas com as embaixadas e com os consulados, onde eles existam, vamos passar a ter portanto uma representação única”, explicou José Cesário.
Para o responsável pela pasta das Comunidades, as câmaras de comércio e associações empresariais das comunidades deverão assumir, com o novo formato e abordagem da diplomacia, uma importância crescente, “permitindo de forma mais eficaz fazer dos portugueses da diáspora, de fato, agentes ativos com ligação à economia do seu país”.
Cesário frisou a importância de se criarem ou se aperfeiçoarem organismos como câmaras de comércio em países como a África do Sul, onde existe uma câmara, embora pouco atuante em anos recentes.
O novo modelo, ou desenho, da nova diplomacia, disse o governante, está a ser transmitido não só aos embaixadores e cônsules de Portugal, como à estrutura da AICEP, do Turismo de Portugal e às próprias associações empresariais da diáspora e às câmaras de comércio.
“No fim da próxima semana, vai haver em Lisboa um encontro de câmaras de comércio e sei que a AICEP vai procurar desenvolver contatos com várias delas, portanto julgo que vamos ganhar bastante porque até aqui tínhamos a AICEP a trabalhar por um lado, os embaixadores a trabalharem por outro e o Turismo de Portugal a trabalhar por outro”, disse o secretário de Estado.
Cesário salientou que a partir de agora “a orientação dada, com carta de missão para todas as embaixadas já definidas, é que a diplomacia econômica é uma prioridade” tendo sido já transmitido aos embaixadores e cônsules num seminário diplomático na passada quarta-feira que terão de olhar para as comunidades de forma “mais séria e mais próxima”.