Ministro brasileiro reúne-se com grupos do setor de Energia em Lisboa

Da Redação

Na última segunda-feira, o Ministro brasileiro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, reuniu-se, em Lisboa, com o CEO do Grupo EDP, Migue Stilwell d’Andrade.

O EDP é o quarto maior grupo de energias renováveis no mundo, com presença em 26 países. Há 25 anos no Brasil, o EDP é detentor de ativos de geração, distribuição e transmissão, sendo a empresa líder no ranking de sustentabilidade na Bolsa de Valores de São Paulo.

Na reunião, a empresa comentou sobre o andamento dos investimentos atuais e planejados para o Brasil nos próximos anos e a estratégia mais ampla de alcançar 100% de geração renovável e neutralidade de carbono até 2030.

Os representantes da EDP também destacaram o elevado nível de maturidade do setor de energia brasileiro e a forma aberta e transparente na condução da construção da modernização do setor elétrico.

O grupo EDP planeja investir, no total, cerca R$ 146 bilhões até 2025 e fortalecer a presença na geração solar e eólica. No Brasil, o plano de negócios da empresa aponta para mais R$ 10 bilhões de investimento nos próximos anos, adicionando 1 Gigawatt de produção e reposicionando o Brasil no portfólio global da empresa, com uma representatividade da ordem de 20%.

O Ministro Bento Albuquerque saudou os planos do Grupo EDP, destacando que o ambiente regulatório brasileiro, notadamente no setor elétrico, é propício e se beneficia, do ponto de vista das boas práticas regulatórias, da participação crescente de grupos consolidados, como o EDP, com capacidades especiais para gerar novos investimentos, empregos e desenvolvimento no Brasil.

Também participaram da reunião o Conselheiro Executivo de Redes do Grupo EDP, Miguel Setas, e do Diretor de Marketing, Comunicação e Stakeholders da EDP Brasil, Nuno Rebelo de Sousa.

Galp Energia

Ainda dia 14, o ministro brasileiro foi recebido pelo CEO da Galp Energia, Andy Brown, e membros do Conselho Executivo na sede da empresa, em Lisboa. Na agenda, discussões sobre o planejamento estratégico da empresa, novas possibilidades de negócios e investimentos nos setores de petróleo e gás. Também foi debatido aportes em energias renováveis, hidrogênio, pesquisa e desenvolvimento e inovação no Brasil.

A Galp está presente no mercado brasileiro há 20 anos, tendo sido uma das empresas pioneiras no pré-sal brasileiro, em 1999, fundamental para expansão energética do país. Atualmente, é a terceira maior produtora de petróleo (“upstream”) e já realizou investimentos superiores a US$ 5 bilhões no Brasil.

Em consórcio com grandes empresas em operação no País, o governo destaca campos do pré-sal de Tupi e de Bacalhau. Este último teve a decisão de investimento relativamente recente, estimando-se aproximadamente US$ 8 bilhões na primeira fase.

A empresa portuguesa compartilhou seus planos para tornar-se ator relevante no novo mercado de gás brasileiro, enquanto produtora e comercializadora de gás natural e seus derivados. O Ministro Bento Albuquerque indicou que a entrada de novos atores no mercado de gás, hoje com sete empresas, é bem-vinda e está em linha com o novo modelo do mercado, que contribuirá para aumentar a concorrência, dar mais dinamicidade e, ao mesmo tempo, assegurar o suprimento energético face à expansão da economia prevista para a década.

O Ministro de Minas e Energia apresentou os avanços alcançados no Brasil em termos de governança, transparência, previsibilidade, melhoria do ambiente de negócios e regulatório. Também foram apresentados o potencial natural do país e aspectos essenciais para uma efetiva transição energética.

Nos últimos três anos, o governo realizou 20 leilões de geração de energia elétrica e de transmissão, para além de sete leilões de petróleo e gás, inclusive os dois maiores leilões mundiais (Búzios e Itapu; Sépia e Atapu). Foram contratados investimentos de mais de R$ 720 bilhões para os próximos anos. Entre 2019 e 2021, foram investidos, por meio de capital estrangeiro direto, cerca de R$ 195 bilhões, dentre os quais os da Galp.

Segundo o Ministro de Minas e Energia, o Brasil deverá se posicionar, até 2031, entre os cinco maiores produtores e exportadores de petróleo e duplicará sua produção em gás natural. O que será fundamental para impulsionar os investimentos para a transição energética, e ampliar a renovabilidade da matriz energética e elétrica.

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