‘Live’ discute desburocratização da logística do e-commerce brasileiro

Da Redação

Enquanto o mundo discute como potencializar a transformação digital, o e-commerce brasileiro se vê em meio a um dilema: de um lado, é um setor que se expande a cada ano, aprimorando técnicas de vendas e de logística. De outro, porém, ainda sofre com o excesso de burocracia.

É por isso que o Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP (CCE) promoverá a live As vantagens da Logística Sem Papel na próxima quarta-feira (14 de abril), às 17h, via YouTube.

O evento contará com a presença da diretora de Produtos de Transportadoras da multinacional VTEX, Aline Salles e do CEO do serviço de remessas Flash Courier, Guilherme Juliani, com mediação do coordenador executivo do CCE da FecomercioSP e presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), Vitor Magnani.

Um produto vendido pela internet hoje no País pode gerar até 16 documentos impressos até chegar ao destino. É tanta burocracia nesse processo que, somando, as empresas chegam a gastar 31 dias do ano para processar todas essas obrigações – e, não à toa, podem custar até 10% do faturamento do negócio, segundo simulação da FecomercioSP.

Para o órgão, todos esses números justificam a importância de fazer um debate sobre uma logística sem papel.

A ideia da conversa é refletir melhor sobre como a burocracia afeta o comércio eletrônico brasileiro, mas também apontar soluções para mudar o atual cenário.

A live é, inclusive, parte do projeto Logística Sem Papel, liderado pela FecomercioSP e por outras cinco entidades parceiras, que tem como objetivo desburocratizar o e-commerce e a logística, além de sua cadeia de suprimentos por meio da digitalização e da simplificação de processos.

O propósito do projeto é fazer com que os consumidores, varejistas e transportadores possam contar com transações mais simples, ágeis e seguras.

Na pauta do debate estarão desde os impactos que essa desburocratização teria sobre a economia até os caminhos da digitalização e da redução do tempo de trabalho gasto atualmente para emitir os documentos.

A live da FecomercioSP será produzida com o apoio das entidades parceiras no projeto Logística Sem Papel: a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), a Associação Brasileira de Logística (Abralog), a Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo (Setcesp) e Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística).

Serviço:
Live FecomercioSP | As vantagens da Logística Sem Papel
Data: 14 de abril, quarta-feira
Horário: 17h
Onde: https://www.youtube.com/user/fecomerciosp
Inscrições: http://logisticasempapel.com.br/webinario

Vendas 2020

Em um ano de restrições pela pandemia da COVID-19, as vendas do e-commerce no Brasil cresceram 41% para R$ 87,4 bilhões na comparação com 2019, impulsionado pelo aumento do número de pedidos e pela maior contribuição das compras por telefone celular. A informação consta do Webshoppers 43 Ebit|Nielsen & Bexs Banco.

A alta do faturamento teve como principal fator o aumento na quantidade de pedidos: 194 milhões, alta de 30% sobre o ano anterior. Outro ponto que ajudou o resultado e motivou maiores compras foi o frete grátis, que representou 43% de todas as compras de 2020.

“O brasileiro mostrou estar totalmente ambientado com o ambiente de compras online. Esse processo amadureceu de maneira muito rápida por causa da pandemia. E os comerciantes souberam transformar a dificuldade em maiores ganhos oferecendo um serviço ágil, confiável e eficiente”, afirmou o head de e-commerce de Ebit|Nielsen, Marcelo Osanai.

A agilidade é também exemplificada pela importância dos celulares neste desempenho. Do total de vendas, 55,1% ocorreram através desses dispositivos, ou R$ 45,9 bilhões, alta de 79% em relação a 2019 e 176% sobre 2018. Apenas pelo toque na palma da mão foram gerados 106,6 milhões de pedidos, 56% maior que o ano anterior.

“O brasileiro ficou muito conectado durante a pandemia, com o celular ao alcance da mão. E isso facilitou muito para fazer suas compras de supermercado, roupas, artigos de casa e decoração, por exemplo”, citou Osanai.

Diante da restrição da pandemia, as vendas do e-commerce ficaram ainda mais concentradas em lojas de departamento. Esse segmento sozinho contribuiu com 84,3% do faturamento total, seguido bem atrás por artigos esportivos (+2,8%), informática (+2,4%), roupas (2,2%) e autosserviço (1,8%).

Outra curiosidade foi a jornada do consumidor. Sites de busca e as redes sociais são, de acordo com a Ebit|Nielsen, o principal caminho para se iniciar as compras de produtos. Para artigos de Casa&Decoração, por exemplo, ambos canais são o início de 55% de todas as vendas. Já para Roupas e Calçados, é o início de 44%, seguido por Perfumaria (38%), Petshop (33%) e Farma (30%).

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: