Lisboa ambiciona reduzir emissões de dióxido de carbono em 60% até 2030

Da Redação
Com Lusa

A redução de 60% nas emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030, a diminuição do ruído e a melhoria da qualidade do ar são alguns dos compromissos apresentados na sexta-feira pela Câmara de Lisboa.

O vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes (eleito pelo PS), apresentou esta manhã a programação oficial do Lisboa Capital Verde 2020, com arranque previsto para 10 de janeiro, tendo aproveitado a ocasião para anunciar também os compromissos da autarquia no âmbito da Ação Climática Lisboa 2030.

O autarca salientou também que Lisboa ambiciona atingir a neutralidade carbônica até 2050, bem como aumentar a sua resiliência às alterações climáticas.

Quanto à poupança energética, a câmara prevê uma redução de 60% do consumo energético e, relativamente à energia solar, a meta é atingir 100MW de potência fotovoltaica instalada em 2030.

No capítulo da mobilidade, a capital pretende ser “uma cidade europeia de referência em 2030”, garantiu Sá Fernandes, notando que as viagens em automóvel deverão ser reduzidas de 57% para 33%.

O vereador do Ambiente referiu ainda o Plano Geral de Drenagem e a rede de distribuição de água reciclada como alguns dos exemplos de medidas sustentáveis que estão a ser implementadas pela autarquia.

O momento permitiu também uma brincadeira: “Em 2030 provavelmente vamos convidar o professor Marcelo Rebelo de Sousa a tomar um banho no [rio] Tejo”.

Relativamente aos resíduos, o município tem como objetivo uma “redução dos resíduos indiferenciados enviados para valorização energética” em 50%.

A câmara pretende atingir uma taxa de 50% de recolha seletiva de resíduos do total de resíduos produzidas e 60% na taxa de reciclagem e preparação para reutilização.

Atualmente, a taxa de recolha seletiva é de 28% e a de reciclagem de 34,4%.

Reiterando a ideia de que a capital tem que trabalhar na resiliência às alterações climáticas, o vereador defendeu que a câmara deve preparar um Plano Diretor Municipal que pense nesta questão.

José Sá Fernandes admitiu que os objetivos “são ambiciosos”, mas garantiu que a câmara, com o apoio de diversas empresas e entidades, fará “os possíveis” para os cumprir.

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