Da Redação
Com Lusa
As cadeias hoteleiras estrangeiras têm registrado “um crescente interesse em investir” em Portugal, segundo um estudo da Worx, que atribui o fato, entre outras razões, à qualidade da oferta e ao reconhecimento internacional que o destino tem tido.
O departamento de Research & Consulting da Worx refere, em comunicado, que “a procura de oportunidades de expansão por parte de diversos investidores e cadeias hoteleiras internacionais é uma realidade cada vez mais presente e que faz mover o mercado, levando o nome de Portugal além-fronteiras”.
“Seja com vista à otimização das suas operações, à concretização de uma transação ou ao desenvolvimento de planos de expansão, os ativos hoteleiros em território nacional estão no radar dos investidores nacionais e internacionais. A oferta hoteleira deverá continuar a estar maioritariamente concentrada nas tipologias de pequena/média dimensão, em que o fator diferenciação deverá estar na lista de prioridades, e dirigido para segmentos nicho com qualidade elevada e serviço personalizado”, assegura a consultora.
Nos primeiros seis meses do ano, a Worx realça a inauguração de 19 novas unidades hoteleiras, acrescentando que “para o segundo semestre, está prevista a abertura de mais 21 unidades”.
Segundo a mesma, “este é um comportamento desencadeado pela tendência de procura elevada e interesse no produto turístico nacional”, apontando como uma das vantagens competitivas de destaque “a qualidade da oferta”.
Prova disso, acrescentam, “para além dos vários reconhecimentos internacionais atribuídos por publicações de imprensa de renome internacional, é também a promoção e a realização consecutiva de importantes eventos, como é o caso do ‘WebSummit’ ou da ‘Red Bull Air Race’, que têm contribuído para um aumento da atratividade”.
A consultora de imóveis lembra, citando números do Instituto Nacional de Estatística, que o mercado no setor do turismo “continua a ter uma excelente performance”.
“Os resultados do primeiro semestre de 2017, vêm reforçar a tendência positiva face ao período homólogo de 2016, com as dormidas e o número de hóspedes a apresentarem variações de +11,6% e +13,4% respetivamente, associadas ao aumento na taxa de ocupação de +4,2 p.p. [pontos percentuais] e no RevPar [preço por quarto disponível] de +9,3%”.
Em hóspedes, o primeiro semestre de 2017 terminou com 9,35 milhões, e “apesar do mercado nacional demonstrar resultados bastante satisfatórios, ao crescer 4,4% face ao primeiro semestre de 2016, o mercado internacional com 74% continua a ser claramente o líder, com o Reino Unido, Alemanha, França e Espanha a assumirem conjuntamente 41%, como os principais mercados emissores”, lembram.