Grupo Pestana vai abrir 10 hotéis em 2020 num investimento de 250 ME

Serão lançados três Pestana CR7 no estrangeiro.

Da Redação
Com Lusa

O Pestana Hotel Group vai abrir 10 novos hotéis no ano de 2020, num investimento de 250 milhões de euros em cinco anos, anunciou o administrador José Roquette.

Estas 10 novas unidades vão permitir a criação de dois mil quartos no próximo ano, num total de mais de 3.500 até 2025.

Serão seis novas unidades em Portugal, três hotéis da marca CR7 no estrangeiro e um terceiro hotel Pestana em Marrocos.

Em conferência de imprensa no final do ano em Lisboa, o Chief Development Officer do Pestana Hotel Group disse que “o objetivo é reforçar o posicionamento em Portugal e expandir a marca Pestana CR7 [Lifestyle Hotels] com a abertura de quatro unidades e duas Pousadas em Portugal, três Pestana CR7 no estrangeiro e um novo hotel em Marrocos”.

O grupo, com mais de quatro décadas e presente em 15 países, celebrou a abertura do seu 100.º hotel.

Receita

O grupo fechou 2019 com um volume de negócios consolidado de 450 milhões de euros, face a 434 milhões de euros no ano anterior.

O CEO do grupo lembrou que este resultado da receita, a que corresponde um aumento de cerca de 3,7%, “superou o melhor ano de sempre que se tinha atingido em 2018”.

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu os 186 milhões de euros – tendo em contas as novas normas contabilísticas internacionais (IFR16) -, um crescimento face ao ano anterior quando registrou 166 milhões de euros, isto se tivessem sido aplicadas já as novas normas para que se possa comparar.

Com a norma contabilística aplicada anteriormente, o EBITDA fixou-se nos 151 milhões de euros em 2018 e iria chegar aos 170 milhões este ano.

“Estamos otimistas na perspetiva de que seremos mais internacionais. As unidades que inauguramos recentemente, e que nos últimos anos só levaram investimento, vão poder finalmente começar a contribuir” para o volume de negócios do grupo, disse José Roquette.

“Para 2020 a nossa esperança é que a parte internacional ganhe peso”, reforçou o CEO.

Segundo José Theotónio, o peso no EBITDA da parte internacional deverá passar de 20% para cerca de 25% este ano.

Em 2019, de acordo com o CEO, a Europa registrou um “resultado muito positivo”, enquanto no Brasil “o grupo começou a ver resultados e há esperança que se mantenha”.

O mesmo “muito bom resultado” teve a operação em S.Tomé, mas o CEO admite alguma preocupação, tendo em conta a dependência que este mercado tem dos turistas portugueses.

José Roquette afirmou que “Portugal é o palco mais rentável do investimento” do grupo.

José Theotónio destacou ainda a recente emissão obrigacionista ‘verde’ que o grupo lançou, “a primeira do gênero no setor do turismo”, que obteve “um grande sucesso”, tendo passado dos 50 milhões de euros iniciais para os 60 milhões de euros, “dada a muita procura que gerou”.

Esta emissão recente de obrigações tem maturidade a seis anos e taxa fixa de 2,5%.

Questionado se o grupo prevê uma nova emissão de obrigações no próximo ano, o CEO explicou que esta última teve como objetivo “amortizar uma que se vence em fevereiro” do próximo ano, que também tinha prazo de seis anos e que “para já não se prevê outra em 2020”.

“Esta (última] emissão foi antecipada” dadas “as excelentes condições” e “tudo irá depender da evolução dos mercados, já que esta é uma boa forma de financiamento, mas para já não está prevista nenhuma para 2020”, afirmou.

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