Governo português quer fixar salário mínimo nacional para 2020

Da Redação
Com agencias

A Ministra portuguesa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou que o objetivo do Governo para a reunião de concertação social na quarta-feira, 6 de novembro, é acertar o salário mínimo nacional de 2020.

“Queremos rapidamente fixar e encerrar o salário mínimo nacional para 2020 para trabalhar em todas as outras áreas, desde a questão da conciliação da vida familiar e profissional à questão da valorização da formação profissional e valorização dos jovens qualificados”, disse a Ministra em Lisboa.

Num dia reservado para apresentar cumprimentos com as organizações sindicais e patronais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social, Ana Mendes Godinho reiterou que o objetivo do Governo é de chegar aos 750 euros em 2023. “Até la faremos a discussão e o debate daquilo que é o salário mínimo a cada ano”, acrescentou.

Para a Ministra, o acordo sobre o salário mínimo nacional será o primeiro passo de um acordo “mais global sobre política de rendimentos”.

Salários mínimo e médio

Já o secretário-geral do PCP alertou que, se o Governo não der “resposta cabal” à valorização geral dos salários, cria-se “um problema” com a aproximação do salário mínimo ao salário médio dos portugueses.

“O Governo tem responsabilidades próprias, quando tiver de decidir, pode decidir. Com a subida do salário mínimo começam profissionais de outros escalões a ser apanhados, entre aspas, por esse pequeno aumento do salário mínimo. Isto é um problema que se vai acentuar ao não haver resposta e uma devida valorização geral dos salários”, advertiu à Lusa o líder comunista.

“Precisamos que sejam repostas as carreiras e consequentemente do aumento dos salários, agora que se fala muito do aumento do salário mínimo nacional. Devia haver a preocupação da valorização geral dos salários, particularmente do salário médio. Sem essa valorização dos salários, sem isso, não há essa resposta cabal. São medidas urgentes”, sustentou Jerónimo de Sousa .

Para o secretário-geral comunista, esta “é uma questão que não pode ser afunilada apenas para a concertação social”.

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