Mundo Lusíada
Com Lusa
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, rejeitou em 21 de maio que o Governo português pretenda privatizar a Caixa Geral de Depósitos.”Não sei onde é que imaginaram isso”, disse aos jornalistas, quando questionado sobre se o Executivo pretende privatizar o banco, mas não respondeu se essa medida está numa carta escrita ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no qual constam os compromissos assumidos com a ‘troika’.
Na terça-feira, o jornal Correio da Manhã noticiou que o Governo terá assumido o compromisso com a ‘troika’ (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) de proceder à privatização da Caixa Geral de Depósitos até ao final de 2015 e que essa intenção constava na carta enviada ao FMI.
Paulo Portas falava aos jornalistas no final da sessão de abertura do II Fórum Econômico e Empresarial do Diálogo 5+5, que reuniu em Lisboa mais de 300 empresários de dez países da região do Mediterrâneo Ocidental, do sul da Europa e do norte de África.
Questionado sobre a subida dos juros da dívida acima dos 4%, o vice-primeiro-ministro comentou apenas que “é o funcionamento dos mercados”.
Resultados
A CGD teve um resultado líquido de 22,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, recuperando do prejuízo de 36,4 milhões de euros registrado no período homólogo de 2013, segundo o banco público.
“Regressamos aos lucros e, mais importante e para evitar qualquer dúvida, estes lucros não são afetados pelos resultados que teremos registado na venda da seguradora [Fidelidade ao grupo chinês Fosun International]”, destacou o presidente da CGD, José de Matos, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
“A operação foi já concretizada, finalizada e totalmente liquidada e vai ter um impacto muito positivo na nossa posição de solvabilidade e nos rácios de capital e, também, um impacto significativo nos resultados da CGD no segundo trimestre e no conjunto do ano”, sublinhou o banqueiro.
José de Matos explicou que “os lucros e a melhoria da situação financeira da CGD no primeiro trimestre decorrem de quatro aspetos principais”, nomeadamente as melhorias da margem financeira, dos resultados das operações financeiras, dos resultados líquidos da atividade internacional, com enfoque em Espanha, e a contenção de custos.