Governo divulga cinco candidatos para subconcessões do Metro Lisboa e da Carris

Mundo Lusíada
Com Lusa

Lisboa. Foto: Rodrigo Sene/Mundo Lusíada
Lisboa. Foto: Rodrigo Sene/Mundo Lusíada

Cinco candidatos apresentaram propostas para as subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da Carris, das quais três são conjuntas às duas empresas, revelou o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

“Temos um processo competitivo como o Governo esperava e agora é preciso que a empresa e o próprio júri façam todos os procedimentos que se seguem, no sentido de podermos rapidamente tomar uma decisão”, disse Sérgio Monteiro, sem acrescentar pormenores, à margem da “Conferência Portugal-Timor Leste”, na Assembleia da República.

Fonte das empresas tinha dito anteriormente à Lusa que as propostas dos candidatos às subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da rodoviária Carris seriam abertas neste 15 de junho ao final da manhã numa sessão fechada ao público e à comunicação social.

Em declarações à Lusa, no início de junho, o presidente da Transportes de Lisboa, Rui Loureiro, revelou que os contratos das subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da Carris devem estar assinados a partir de 15 de julho.

De fora desta subconcessão fica a Carristur, empresa dedicada ao turismo detida pela Carris. O Governo aprovou a 26 de fevereiro a subconcessão do Metro e da Carris e, em março, foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público internacional.

Entretanto, a 05 de maio, a Câmara de Lisboa informou que o Tribunal Administrativo de Lisboa aceitou as providências cautelares interpostas pelo município contra a subconcessão das duas empresas públicas, suspendendo os concursos.

Num comunicado divulgado no mesmo dia, o gabinete do secretário de Estados das Infraestruturas, Transportes e Comunicações anunciou que a Carris e o Metropolitano entregaram no Tribunal Administrativo uma “resolução fundamentada” no interesse público que travou a suspensão dos concursos.

Os candidatos interessados são RATP (França), National Express (Inglaterra), Avanza (Espanha), Barraqueiro-TCC (Portugal e Espanha) e Transdev (França), sendo que as primeiras três pretendem ficar com Carris e Metro, em uma proposta conjunta. Barraqueiro-TTC é o consórcio em que o português Humberto Pedrosa, um dos novos donos da TAP, está envolvido, e o único que pretendente adquirir a Carris. Já a francesa Transdev é candidata a concorrer à gestão da subconcessão do Metro de Lisboa.

O presidente da Transportes de Lisboa está convencido de que o líder do PS, António Costa, se for primeiro-ministro, manterá as subconcessões do Metro de Lisboa e da Carris, porque vai perceber que elas serão “benéficas para o país”. O Partido Socialista (PS) anunciou a 15 de maio que, se ganhar as eleições, vai anular o procedimento do concurso para a subconcessão a privados dos serviços do Metropolitano e da rodoviária Carris, considerando que o processo não estará concluído até às eleições legislativas.

“Eu, pessoalmente, acredito que o dr. António Costa tenha dito o que lhe vai na alma. Mas também é verdade que o dr. António Costa não conhece profundamente o modelo de subconcessão. Eu, muito sinceramente, creio que, se o dr. António Costa vier a ser primeiro-ministro deste país e vier a governar Portugal, vai olhar corretamente para a nossa subconcessão e verificar que afinal é benéfica para o país, é benéfica para o Governo e, portanto, vai mantê-la”, disse Rui Loureiro à agência Lusa.

O Governo aprovou a 26 de fevereiro a subconcessão do Metro e da Carris e, em março, foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público internacional. As empresas escolhidas para gerirem o Metro e a Carris nos próximos oito anos deverão ser conhecidas em breve.

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