Exportações portuguesas para o Brasil atingem recorde de US$ 999 milhões

Da Redação
Com Portugal Digital

As exportações portuguesas para o Brasil não atingiram em 2012 a marca de US$ 1 bilhão, mas estiveram muito perto. De janeiro a dezembro o Brasil importou a partir de Portugal um total de US$ 999 milhões, mais 19,5% do que no ano anterior, segundo os últimos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Em dezembro as exportações lusas para o mercado brasileiro voltaram a passar a marca dos US$ 100 milhões, cifrando-se, no último mês do ano, em US$ 101,2 milhões, ligeiramente abaixo dos US$ 103 milhões de dezembro de 2011, mas 10% acima do registro de novembro.

O somatório de US$ 999 milhões das exportações portuguesas para o Brasil em 2012 bate os US$ 835 milhões de 2011, que também já tinham sido uma marca histórica nas vendas lusas para o mercado brasileiro.

Nos últimos anos as exportações portuguesas têm tido uma trajectória de crescimento (apenas interrompida com uma quebra no ano 2009). Na última década Portugal multiplicou por seis as suas vendas para o Brasil. De acordo com os dados do MDIC, em 2002 as exportações lusas eram de apenas US$ 169 milhões.

Porém, o crescimento alcançado em 2012 não evitou a repetição de um défice comercial para Portugal, deixando o Brasil com um superávit de US$ 625 milhões, já que as vendas brasileiras para Portugal foram de US$ 1,62 bilhões.

Mas embora ainda negativa, a relação comercial de Portugal com o Brasil atingiu em 2012 o menor desequilíbrio dos últimos 15 anos. No ano passado o índice de cobertura das exportações brasileiras sobre as exportações portuguesas foi de 1,63, abaixo dos 2,46 de 2011. É preciso recuar ao ano 1996 para encontrar um índice mais baixo (nesse ano a cobertura foi de 1,48, ou seja, as exportações brasileiras foram 48% superiores às importações de produtos portugueses).

No conjunto do ano 2012, como mostram os dados do MDIC, o produto português mais exportado para o Brasil foi o azeite (cerca de 19% do total), seguido do bacalhau (7,7%), combustíveis (7,2%), pêras e vinhos (ambos com mais de 3%).

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