Exportações portuguesas de têxteis e vestuário continuam aumentando

Da Redação
Com agencias

Calcado_JosefinaAs exportações portuguesas de têxteis e vestuário aumentaram 6,3% em janeiro face ao mesmo mês de 2016, para 446 milhões de euros, com os mercados comunitários a subirem 6% e os não comunitários 9%.

Destacando o “excelente arranque” do setor em 2017, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) adianta que as exportações de matérias-primas têxteis subiram 8,3%, as de vestuário e acessórios 6,4% e as de têxteis lar e outros artigos têxteis confeccionados cresceram 2,2%.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, já havia adiantado em Paris que “os têxteis e o vestuário portugueses podem bater o recorde de vendas absoluto” ao superarem a meta dos cinco mil milhões de euros de exportações. “Estamos aqui em Paris com 56 empresas portuguesas, uma das melhores participações de sempre e no ano em que os têxteis e o vestuário podem bater o recorde de vendas absoluto. Depois de vários anos em que as vendas caíram estão a ter um ano muito bom, com um crescimento das exportações perto dos 5% e a superarem a meta dos cinco mil milhões”, indicou o ministro.

No total foram faturados pelo setor 5.063 milhões de euros em vendas para o exterior em 2016. Em comunicado, a ATP refere que o valor foi alcançado graças ao “forte dinamismo que a indústria tem revelado nos últimos anos, assumindo-se como referência modelo para a economia nacional”.

No primeiro mês deste ano, Espanha, Alemanha, Itália e Holanda foram os mercados comunitários que mais se destacaram pelo maior crescimento absoluto: as exportações setoriais para Espanha aumentaram 4%, para a Alemanha subiram 11%, para Itália cresceram 16% e para a Holanda evoluíram 15%, em termos homólogos.

Entre os destinos não comunitários, o destaque foi para os EUA, que, segundo a ATP, “parecem ter regressado aos bons velhos tempos” e registraram um aumento de 6,6% nas exportações, assumindo-se como o mercado que demonstrou “melhor desempenho em termos absolutos”.

Seguiu-se o Canadá, com um crescimento de 40%, e que a associação nota contar agora com a entrada em vigor, provisoriamente, do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá (CETA – ‘Comprehensive Economic and Trade Agreement’) como “um novo fator impulsionador”. Angola também “voltou aos bons resultados”, ao registrar um aumento de 48% em janeiro face ao mês homólogo de 2016.

Segundo o ministro Manuel Caldeira Cabral, o setor do têxtil e vestuário “está a crescer bem” e “em 2016 criou já 4.000 novos postos de trabalho”, nomeadamente “pessoas com mais competências, muito ligadas ao design”.

Os têxteis portugueses estão na moda nas feiras internacionais, mas os empresários estão preocupados com barreiras, nomeadamente, com as consequências do protecionismo comercial da nova administração norte-americana.

Sapatos
Também as exportações de calçado em Portugal atingiram um novo máximo histórico, tendo crescido 3,2% face ao ano passado, segundo a associação do setor (APICCAPS). Já foram exportados mais de 81 milhões de pares de calçado, num total de 1,923 mil milhões de euros. Este terá sido o “sétimo ano consecutivo de crescimento das vendas nos mercados externos”, afirma a APICCAPS.

Dada a aposta “sem precedentes nos mercados internacionais”, Portugal exporta nos dias de hoje mais de 95% do que produz. Além da Europa, entre os principais compradores do calçado português que registraram taxas de crescimento mais elevadas estão a China (3108%), Emirados Árabes Unidos (608%), Estados Unidos (461%), Austrália (363%) e Polónia (295%).

Com exceção do Reino Unido, “as exportações portuguesas de calçado estão a aumentar, desde 2010, para todos os 20 principais mercados do calçado português”, divulgou a associação do setor do calçado.

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