Expansão do Complexo Petroquímico de Sines com investimento estrangeiro de 760 milhões

Da Redação

Na terça-feira, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, presidiu à assinatura do contrato de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, localizado em Sines, afirmando que se trata de um investimento global de 760 milhões de euros.

“Estamos a falar de um investimento que terá como consequência o aumento de exportações em cerca de 400 milhões de euros, a diminuição de importações em outros 400 milhões e um valor acrescentado na ordem dos 200 milhões de euros, disse o Ministro no final da cerimônia, que decorreu em Lisboa.

Gomes Cravinho referiu que os documentos assinados são «protocolos simples, como contratos em relação a terrenos», que representam «uma aposta no topo da gama de tecnologia em termos de transformação de plásticos».

“Temos aqui investimentos intensivos em capital e tecnologia, com enorme output e valor acrescentado, que criarão centenas de empregos. Além do enorme efeito multiplicador que se fará sentir na criação de riqueza, produção e emprego na indústria de Norte a Sul do país” evidenciou o MNE.

O projeto vai construir duas fábricas que vão utilizar o etileno e o propileno produzidos e que, comummente, são exportados. As duas fábricas vão transformar o etileno em polietileno de alta densidade (usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas) ou em polietileno de baixa densidade (usado em espumas, cabos elétricos).

Com este aproveitamento, a empresa espera aumentar a sua produção para até 850 mil toneladas por ano, sendo que 310 mil toneladas deverão ser exportadas através do porto de Sines, 220 mil toneladas para Espanha e 220 mil toneladas para o resto da Europa, sendo 100 000 toneladas utilizadas em Portugal.

Portugal vai, assim, passar a ter fábricas de dois produtos que, presentemente, são importados. O polipropileno e o polietileno de alta densidade representam 67% da procura de poliolefinas em Portugal.

A Repsol prevê que a procura nacional destes polímeros deverá ser satisfeita com a construção destas duas fábricas. A importação destes materiais representa um défice de 400 milhões de euros para a balança comercial portuguesa. A sua exportação representará um excedente de 400 milhões de euros.

O projeto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, deverá arrancar no primeiro trimestre do próximo ano e estar concluído no início de 2025.

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