Evento em São Paulo apresentou possibilidades de aquisição imobiliária em Portugal

Por Odair Sene
Com as crises no Brasil, crise política, econômica, na segurança, emprego, como na saúde e em várias outras áreas, os brasileiros passaram a buscar alternativas em outros países para vislumbrar um futuro mais tranquilo. Por outro lado, Portugal percebeu a falta de investimento externo, o país envelheceu, tem pouca produção interna e agora vislumbra no Brasil o sentido da “redescoberta” muito avivado nos últimos tempos pelos dois lados do Atlântico.
Com a crise brasileira, e com a necessidade portuguesa, surgiram incentivos e atrativos migratórios e fiscais que culminaram com os conhecidos atrativos geográficos, econômicos e culturais portugueses, juntando uma coisa e outra, não demorou muito para a Receita Federal do Brasil registrar um aumento significativo de “Declarações de Saída Definitiva” do país.
Conforme a Receita, entre 2014 e 2016 foram mais de 55 mil declarações definitivas entregues, representando aumento de mais de 81% se comparado com o triênio anterior. Ou seja, o brasileiro está deixando o país e migrando para Portugal, aproveitando os atuais incentivos, o idioma, e os demais atrativos.
No entanto, especialistas aconselham para que se tome os devidos cuidados em diversos aspectos, recomendando realizar um planejamento minucioso antes da decisão final. Pontos como cuidados em relação a evasão fiscal, analisar a situação patrimonial no Brasil antes de uma saída definitiva, como ficará a situação tributária, e em qual país, etc..
Para esclarecer esses e vários outros pontos, a “Private Broker”, representada pelo diretor Rui Pereira realizou dois encontros em São Paulo, dia 24 de abril na Câmara Portuguesa, e dia 27 em Campinas na Casa de Portugal.
Nos eventos foi oferecido o imobiliário português, pela Private Broker juntamente com parceiros como a Dra. Tatiana Galvão e Dr. Ricardo Ferreira (do escritório de advogados M-E&F), além do Banco de Investimentos “Ourinvest” representado pela Bruna Bignotti Dayan.
O responsável do Private Broker, Rui Pereira, falou com o Mundo Lusíada sobre o evento realizado no Brasil e o interesse de muitos brasileiros em adquirir imóvel em Portugal, sobre o objetivo e sobre o que ele espera deste mercado.
Segundo o diretor, a meta é trazer investimento para Portugal, dizendo que há muitos anos o país deixou de produzir, não tem produção interna de quase nada e falta investimentos externos. “E o interesse é levar pessoas para investirem no mercado português”, disse entendendo que o mercado brasileiro é bastante atrativo, além dos muitos problemas de criminalidade, corrupção e instabilidade política, “as pessoas não estão a ver muitas alternativas para essa geração atualmente, e quem tem poder aquisitivo melhor procura lugares melhores para viver com a família, onde se pode andar na rua com traquilidade, com segurança, que possa educar seus filhos com menos preocupações, e o sistema político mais equilibrado sendo este um ponto bastante interessante”, referiu.
Rui comentou que os serviços públicos em Portugal, especialmente em segurança, saúde e educação, não mudam muito por conta de um possível aumento populacional de brasileiros. “As pessoas que optarem por morar em Portugal, não vão lá cometer crimes, portanto a segurança pública não muda em nada, em termos de saúde, o sistema de saúde em Portugal tem hospitais públicos que são muito iguais aos hospitais privados no Brasil. Em Portugal os hospitais privados dão em média 25 minutos de espera para atendimento normal (não em emergência) e em hospitais públicos se espera um pouco mais, mais ou menos como no Brasil, não há grandes problemas, como na educação, além disso há planejamentos para melhorar os serviços”, disse.
Ultimamente Portugal vem sendo bastante promovido no Brasil, especialmente nas televisões com programas mostrando as belezas e atrativos lusitanos para todos os gostos, e muito se fala no “sentido da redescoberta” que surge de uma forma bastante valorizada. “Portugal sempre foi um cantinho ali na Europa e no fundo nossa cultura é muito igual, essa forma de estar, a língua muitas coisas que unem o português de Portugal com o brasileiro, muitas coisas em comum, Portugal segue ali como um país europeu, mas tem um toquezinho do Brasil e acho que isso atrai as pessoas, porque temos lá muitos que dizem se sentir em casa, é uma das razões pela qual o brasileiro procura Portugal”, referiu ele.
O evento promovido pela Private Broker (que é do ramo imobiliário) foi, antes de mais nada, para oferecer um serviço completo na área de imóveis. “Oferecer um serviço completo ao cliente não somente pegar o imóvel e vender, tem muita gente fazendo isso no Brasil, não adianta despejar aí um monte de imóveis para pessoas que não conhecem as zonas, não sabem o que fazer para se mudarem e nós estamos aqui para assessorar essas pessoas, para terem todas as informações que precisam, e não cobramos nada a mais pelo ‘pacote’ oferecido para prestar vários serviços ao cliente. Quando a pessoa compra um imóvel ela precisa de um contrato para água, luz, gás, escola para os filhos, enfim uma série de informações que são fornecidos gratuitamente para agregar valor para essas pessoas, isso é quase tão importante para nós do que simplesmente vender imóveis”, disse.
Além dos eventos em São Paulo, na Câmara Portuguesa e depois em Campinas, na Casa de Portugal, a Private Broker agendou outro evento para o Brasil em maio, em junho para Miami (EUA) depois pretendem retornar para São Paulo.
O Banco de Investimentos Ourinvest, com endereço na Avenida Paulista em São Paulo, foi um dos parceiros da Private Broker no evento da Câmara Portuguesa. Bruna Bignotti Dayan falou com o Mundo Lusíada para explicar o posicionamento do banco no “produto” Portugal apresentado neste dia.
Prestes a completar 40 anos de mercado, o banco é referência na área de câmbio no Brasil. “Portugal começou a ter uma demanda muito grande desde o último ano quando muitos clientes começaram a se mudar e fazer transferências e investimentos, o banco decidiu investir muito no produto Portugal para poder acompanhar e atender com excelência os clientes e os parceiros que vão para Portugal, e os que vem para o Brasil, onde precisam vender seus produtos, imóveis, estruturas empresariais, e o Banco lhes presta toda assessoria na área de câmbio, tanto para pessoa física como para pessoa jurídica”, falou.
Ciente da oportunidade, a instituição, que não tem sede em Portugal, mas opera com qualquer banco no mundo, atende a um mercado de clientes que buscam instituições que tenham entendimento adequado ao tipo de operação que está sendo realizada e sejam ágeis.
“O banco foi precursor no mercado brasileiro quando fundou a primeira companhia hipotecária voltada para o varejo, também o primeiro banco privado a estruturar um fundo de investimento imobiliário, um dos mais famosos foi o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, tornando-o uma referência na área, assim como hoje é referência na área de câmbio. Então, além dos serviços de transferências internacionais, nós temos investimentos diferenciados e atendemos com personalidade especificamente um nicho de mercado muito grande”, completou.

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