Mundo Lusíada
Durante a premiação de “Personalidade do Ano”, na quarta-feira 11 de outubro, o Embaixador de Portugal em Brasília, Francisco Seixas da Costa, defendeu que a diplomacia deve continuar a estar ao serviço dos empresários. “As estruturas diplomáticas e consulares portuguesas devem continuar a estar a serviço dos empresários nacionais que atuam no exterior” defendeu.
O diplomata recebeu, da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), a distinção de “Personalidade do Ano” de 2006, juntamente com o empresário André Jordan. Em todos os anos, a CCILB distingue a Personalidade do Ano, sendo uma brasileira e outra portuguesa, em destaque nas relações biletarais entre Brasil e Portugal.
Durante discurso, Seixas da Costa afirmou que “permanece no Brasil uma idiossincrasia protecionista”, fazendo referência a esta proteção à indústria e comércio nacional, que segundo ele “ainda hoje, nos cria grandes dificuldades na área comercial e que só um acordo entre a União Européia e o Mercosul permitiria ajudar a superar”.
O embaixador português tem, porém, uma avaliação diferente do cenário de investimento. “Se alguns parâmetros essenciais se mantiverem no Brasil, nomeadamente nos equilíbrios macroeconômicos a médio prazo – e creio que, no essencial, devem manter-se, se dependerem apenas da vontade interna brasileira -, o Brasil continuará a ser um mercado muito interessante para os investidores portugueses”, diz Seixas da Costa.
No entanto, sugeriu o diplomata, alguns empresários “talvez tenham de aprender a trabalhar mais em articulação com outros parceiros, europeus ou doutras origens, para poderem ganhar uma escala competitiva, num mercado que tende a tornar-se mais exigente”.
Salientando “importantes diferenças” entre o ambiente empresarial brasileiro e a cultura de inserção das pequenas empresas portuguesas na Europa, Seixas da Costa chamou a atenção para a necessidade de “explicar melhor” no Brasil que “uma qualquer empresa criada em Portugal passa a ser uma empresa européia, com tudo o que isso significa de oportunidades num imenso mercado”. Fonte: Portugal Digital
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