EDP assegura maior parceria de energia solar distribuída com projetos até 100MWp

Da Redação

A EDP acaba de assinar uma parceria global para instalar até 100MWp de energia solar em unidades da Faurecia na Europa, Ásia e Estados Unidos. Até ao fim de 2023, a EDP pretende instalar mais de 60 parques solares de autoconsumo nas fábricas da multinacional em Portugal, Espanha, Itália, Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Japão e Tailândia. Este é o maior projeto de energia solar distribuída assegurado até o momento pelo grupo EDP e o primeiro a ser instalado com o mesmo parceiro em vários continentes em simultâneo.

A Faurecia, empresa relevante e com uma presença global na indústria de automóvel, passará a consumir energia renovável produzida nas suas próprias instalações, reduzindo de forma significativa a sua dependência da rede energética. Esta parceria é também um passo importante nos objetivos da Faurecia de redução progressiva das emissões de carbono das suas operações industriais (scope 1 e 2).

A parceria assenta num modelo de As-a-Service, ficando o investimento nos painéis a cargo da EDP, assim como a sua manutenção e operação, por meio de contratos de longa duração ajustados às necessidades locais de cada mercado da Faurecia. Prevê-se que os mais de 60 projetos possam ter, no seu conjunto, até 200 mil painéis solares, e que permitam evitar mais de 60 toneladas de CO2 ao longo da próxima década.

Na Europa e Brasil, a EDP tem atingido valores recorde de capacidade contratada de solar distribuído e já instalou cerca de 300MWp em edifícios e terrenos de empresas e famílias através da EDP Comercial. A empresa tem crescido neste segmento em vários mercados europeus, através de crescimento orgânico e de aquisições, como aconteceu recentemente na Polônia, por meio da Soon Energy, ou na Itália, com a compra da Enertel.

Nos Estados Unidos e na Ásia Pacífico, a EDP entrou recentemente no solar distribuído por meio da EDP Renováveis, com as aquisições da norte-americana C2 Omega e da asiática Sunseap, respetivamente. A parceria, agora assinada com a Faurecia, é um passo importante na consolidação deste segmento nestes mercados.

“Esta parceria demonstra a capacidade da EDP para dar resposta a clientes multinacionais que procuram contratar energia solar descentralizada em diferentes países e para apoiar a transição energética a uma escala global. Ao instalar mais 100MWp de energia solar, estamos cada vez mais perto de cumprir o nosso objetivo de crescer dez vezes na geração solar distribuída até 2025, comparativamente com 2020”, afirma Miguel Stilwell d’Andrade, CEO do grupo EDP.

A energia solar distribuída é um dos eixos de crescimento da EDP para esta década, tendo como objetivo instalar mais de 2GW em casas e empresas até 2025, contribuindo desta forma para o aumento da produção de energia renovável e para o acesso por mais pessoas a fontes de energia limpa. Em 2021, a EDP registou um crescimento expressivo no número de clientes com soluções solares.

Lucro no Brasil

Já EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou lucro líquido de R$ 522,8 milhões no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,3 bilhão, aumento de 20,8% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

O segmento de transmissão foi um dos destaques no período. Exemplo disso é a conclusão do Lote 21, do Leilão Aneel nº 005/2016, em Santa Catarina, com seis meses de antecipação frente ao calendário regulatório. Isso proporcionou uma Receita Anual Permitida de R$ 208 milhões, resultando em receita antecipada total de R$ 143,1 milhões. Antes disso, em janeiro, a Companhia iniciou a operação comercial do primeiro trecho do Lote 18, do Leilão Aneel nº 005/2016, entregue com sete meses de antecedência em relação ao prazo regulatório e garantindo uma RAP de R$ 111,8 milhões para a Empresa.

A EDP assumiu, em fevereiro, o controle da antiga estatal Celg T – que passou a se chamar EDP Goiás. O novo negócio representa oportunidades importantes de retorno aos investimentos com risco controlado. A companhia realizará um aporte de R$ 200 milhões no Estado até 2023 e já anunciou a primeira obra, em março deste ano, com a ampliação e modernização da subestação Itapaci, que receberá um investimento da ordem de R$ 50 milhões.

Em geração solar, a Empresa dá andamento à estratégia de ampliar a sua participação nesse segmento, chegando a 1GW de capacidade instalada até 2025. Nesse sentido, anunciou, no último dia 24 de abril o projeto Novo Oriente, em parceria com a EDP Renováveis. Localizado no município de Ilha Solteira (SP), o novo empreendimento terá capacidade instalada de 254 MWac, com previsão de início de operação em 2024.

“O trimestre foi marcado por importantes avanços nos nossos três principais eixos de crescimento: geração solar, transmissão e distribuição. Nossas entregas demonstraram a eficiência do trabalho realizado nesse período, trazendo crescimento e reforçando a assertividade dos nossos investimentos e o nosso compromisso com a qualidade. Além dos resultados financeiros, a nossa estratégia em sustentabilidade tem atraído a confiança do mercado e da sociedade, com ações para liderarmos a transição energética e para sermos uma empresa cada vez mais sustentável, inclusiva e diversa, com altos níveis de governança e transparência”, destaca João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil.

Presente há mais de 25 anos no País, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. Com mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, a Companhia tem negócios em Geração, Transmissão, e Soluções em Serviços de Energia voltados ao mercado B2B, como geração solar, mobilidade elétrica e mercado livre de energia. Em Distribuição, atende cerca de 3,6 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina. Em 2021 foi eleita pelo segundo ano consecutivo a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em ESG, ocupando o primeiro lugar do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, no qual figura há 16 anos.

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