Economista portuguesa é homenageada pela presidente do Brasil

Mundo Lusíada
Com agencias

A portuguesa Maria da Conceição Tavares, 73, chegou ao Brasil em 1954 e se considera espectadora atônita dos acontecimentos que culminaram no Golpe Militar. Foto:Roberto Barroso

A presidenta Dilma Rousseff discursou na solenidade que homenageou a economista luso-brasileira Maria da Conceição Tavares com a entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011, no último 17 de maio.

O Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia reconhece pesquisadores brasileiros pelo trabalho em prol do avanço da ciência e pela transferência de conhecimento da academia ao setor produtivo.

Maria da Conceição de Almeida Tavares, portuguesa naturalizada brasileira, foi professora da presidenta Dilma Rousseff. É graduada em matemática e economia e doutora em economia da indústria e da tecnologia. A economista publicou dezenas de artigos em livros e publicações nacionais e estrangeiras, além de publicar e organizar mais de dez livros e capítulos em mais de 20 livros.

Um dos seus textos mais importantes é Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil – Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro, publicado em 1972.O processo de desenvolvimento econômico do Brasil sempre foi uma das suas maiores preocupações acadêmicas. Portuguesa de nascimento e naturalizada basileira, Conceição Tavares já foi deputada federal pelo Rio de Janeiro.

Ela nasceu em 1930 em Anadia, e participou ativamente da luta contra a ditadura no Brasil e o regime fascista em Portugal

A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Na edição de 2011, o prêmio contemplou a área de ciências humanas, sociais, letras e artes.

Durante o evento, Dilma Rousseff disse que o Brasil vive momento de ruptura com a prática de delegar a condução do crescimento exclusivamente às forças de autorregulação do mercado, excluindo o interesse da sociedade das decisões econômicas. Segundo a presidenta, o país vive uma “benigna” transformação de subordinação da lógica econômica à agenda dos valores indissociáveis da democracia e da inclusão social.

“Não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociado de melhorias das condições de vida da nossa população, tampouco acreditamos mais na delegação da condução de nosso crescimento exclusivamente às forças de autorregulação do mercado”, disse a presidenta.

“Não acreditamos mais que poderíamos nos desenvolver sem nos libertarmos das amarras que nos prendiam a interesses nacionais em outras regiões do mundo”, completou Dilma.

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