“É hora de reforçar os investimentos”, diz Sócrates

“É hora de reforçar os investimentos”, diz Sócrates Vanessa Sene | Mundo Lusíada Entre os compromissos do primeiro-ministro José Sócrates em São Paulo, fez parte um encontro na FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com empresários portugueses e luso-brasileiros de diversos segmentos. Na oportunidade a empresa portuguesa Brisa fechou um acordo com a brasileira CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) para promoção conjunta de concessões rodoviárias nos Estados Unidos e Canadá. Os presidentes Vasco de Mello (Brisa) e Renato Valle (CCR) assinaram contrato dia 10 de agosto. Durante o almoço, tanto José Sócrates, como o presidente da FIESP, Paulo Skaf, abordaram as iniciativas de investimentos que marcam uma nova fase na economia bilateral entre Portugal e Brasil. “Portugal fez uma aposta de desenvolvimento e valeu a pena”. Segundo Sócrates, a economia brasileira é vista diferente da forma como era vista no passado. Os portugueses acompanharam o desenvolvimento do país de perto, e os resultados são “muito positivos”. O ministro afirmou que os empresários portugueses que têm investido no Brasil estão satisfeitos com os resultados. E defendeu que é este o momento “de irmos mais além”. Não existe outro país que concentre tantas empresas portuguesas como o Brasil. Paulo Skaf citou as relações entre Brasil e Portugal mais aprofundadas do que propriamente a língua comum. Para ele, a religiosidade, o espírito fraterno, a cultura, são tão fortes entre os dois países que faz com que Portugal também assimile a cultura contemporânea brasileira. De acordo com ele, cerca de 3 milhões de portugueses vivem em São Paulo, um número maior do que na área metropolitana de Lisboa. Entre os convidados, esteve o presidente da API (Agência Portuguesa para o Investimento), Basílio Mendonça Horta, que durante pronunciamento, falou que a grande intenção da agência é o incentivo aos projetos de investimentos com impacto na economia portuguesa. A API informa, acompanha e divulga em todas as fases do processo de investimento, para a realização de grandes projetos de origem nacional ou estrangeira. Economia bilateral- Paulo Skaf também expressou o interesse no incremento da relação comercial entre os países. Segundo ele, esta fase representa um marco para a economia na indústria brasileira. Dirigindo-se ao primeiro-ministro, Skaf sugeriu a redução da taxa de juros em produtos agrícolas. O lado brasileiro se mostra flexível diante dos juros na indústria, de acordo com Skaf. Para Sócrates, o Brasil tem procurado espaços em diferentes mercados. A globalização que os brasileiros querem explorar pode ser aproveitada através da relação com os portugueses. “É hora de reforçar investimentos. Portugal é um país confiável, bem integrado na União Européia. Mas a nossa relação pode também potencializar o papel do Brasil no aspecto global”. A idéia defendida por Sócrates diz que o Brasil pode se ingressar melhor no mercado global, e principalmente no europeu, a partir de Portugal. O ministro convidou os empresários brasileiros a encontrarem em Portugal “um parceiro seguro, parceria que ganha se estiver à altura dos novos tempos”, referiu Sócrates.

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