Diretor do Colégio Lamec de Santos fala sobre a situação do ensino no Brasil em ano de pandemia

Por Odair Sene
Mundo Lusíada

Este ano de pandemia trouxe novos desafios aos mercados especialmente de serviços, e não poupou absolutamente ninguém porque os serviços são, basicamente, ou quase na totalidade, executados presencialmente, caso de academias, eventos, turismo, esportes, entretenimento e, entre tantos outros, a educação.

Nesta quinzena o Mundo Lusíada colheu as impressões do Professor José Camelo, um diretor de escola da cidade de Santos, litoral de São Paulo, diretor do Colégio Lamec, que fez uma análise da situação caótica que o mundo vive neste ano de 2020.

O Colégio Lamec, localizado na Rua Dr. Carvalho de Mendonça 588 no bairro Vila Belmiro, em Santos, foi fundado em 1992, nos três primeiros anos de sua existência, esteve voltado para o atendimento de crianças de 02 a 06 anos, no curso Pré-Escolar. Em 1995 obteve junto a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo autorização definitiva para atender também alunos para o 1º grau hoje denominado Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano.

Portanto são vinte e oito anos de existência, com características de escola familiar e tradicional. Com atendimento de crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental de classe média, sendo muito importante para esse público porque possui valores acessíveis a todas as famílias. Atende também um grupo de crianças de baixa renda, se utilizando de recursos próprios e também possui sistema de bolsas de estudos financiadas pela Prefeitura local.

O diretor da instituição, Professor José Camelo comentou sobre o currículo escolar neste ano atípico. “O currículo escolar do ano letivo de 2020, passou por acentuada alteração envolvendo forma de ensino e conteúdos programáticos pedagógicos, com o ensino híbrido, fomos forçados a desenvolver os estudos através de aulas online e em forma de plataformas pedagógicas”, disse ele garantindo que 2020 “não” está perdido por conta de reposição e reforço. “O ano letivo não está perdido, com a modernização destas plataformas, no decorrer do desenvolvimento dos trabalhos, as recuperações já foram sendo desenvolvidas através de reposição de conteúdos e reforço escolar”, disse ele.

O diretor também falou sobre o ano marcado pela pandemia, segundo ele, dois setores foram mais prejudicados: turismo e educação. Influenciando a rede particular diretamente nos valores das mensalidades. “A situação da pandemia foi delicada para todos os segmentos no Brasil e no mundo. Umas foram mais afetadas, outras menos. O nosso segmento e do setor de turismo foram os mais prejudicados, obrigando a rede particular de ensino a promover descontos nas mensalidades”.

Segundo Camelo, sua escola manteve-se conectada e atenta às redes sociais durante o ano, mantendo contato com alunos, professores e a comunidade escolar de forma geral. “O contato com toda a comunidade escolar é feito diariamente, através das redes sociais”.

O dirigente ainda fez uma análise da situação do ensino no país, não só em sua região, mas na cidade de Santos e no Estado como um todo. “A atual situação do ensino no Brasil e no mundo, está muito delicada, daqui pra frente as exigências vão ser acentuadas. Sobreviverão a essas mudanças aqueles que tiverem uma visão futurista, um equilíbrio muito controlado e saber encarar os novos desafios”, disse o dirigente do Colégio Lamec.

Apesar das dificuldades impostas neste ano, a instituição diz que mantém seus princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade, mantendo por finalidade, o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente; o preparo para o exercício da cidadania; o fornecimento de meios para progredir em outros níveis de ensino; e desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização.

José Camelo diz que mantém a missão de preparar o aluno para enfrentar um mundo que se transforma em ritmo acelerado. “Damos prioridade ao desenvolvimento de suas potencialidades. Respeitamos a individualidade e garantimos uma socialização integral, tendo em vista o tradicionalismo e o porte desta instituição, onde nossos futuros cidadãos não são considerados apenas um número e sim uma pessoa na sua integralidade”, referiu.

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