Desinvestir no Brasil seria “amputar o futuro”, diz presidente da Portugal Telecom

Mundo Lusíada Com agencias

O presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, justificou a recusa da oferta de aquisição da Telefónica pela posição que detém na brasileira Vivo, referindo que tal operação significaria “amputar o futuro” da PT. “Desinvestir no Brasil, através da alienação da Vivo significaria amputar o futuro da PT uma vez que a escala e crescimento são fatores críticos de sucesso no setor das telecomunicações”, afirmou Zeinal Bava, em declarações à Lusa. A PT anunciou ter recebido uma oferta de aquisição “não solicitada, vinculativa e incondicional" da espanhola Telefónica pela posição que detém na Vivo no valor de 5,7 bilhões de euros, proposta que já foi rejeitada.

Em 10 de maio, a oferta foi feita pela espanhola Telefónica para adquirir a participação de 50% do grupo português na operadora brasileira de telefonia móvel Vivo. De acordo com a Portugal Telecom, a Vivo é considerada uma empresa essencial para a estratégia da empresa e "a venda dessa participação iria contra as perspectivas de crescimento a longo prazo da PT".

Telefónica: Deveria consultar acionistas Para a espanhola Telefônica, o conselho da Portugal Telecom deveria consultar os acionistas a respeito da oferta do grupo espanhol para adquirir a participação da empresa portuguesa na Vivo, afirmou o vice-presidente financeiro da Telefónica, Santiago Fernández Valbuena.

A proposta da Telefónica representa um prêmio de 145% sobre a cotação média das ações da Vivo no mês anterior à apresentação da oferta. O presidente do conselho da Telefónica, César Alierta, disse ainda que a oferta pela fatia da Portugal Telecom na Vivo é justa e definitiva. Valbuena também afirmou que a Telefónica não está interessada em assumir o controle da Portugal Telecom.

Alguns analistas avaliavam que a Telefónica poderia tentar lançar uma proposta para comprar toda a Portugal Telecom, devido ao fracasso em adquirir apenas a posição do grupo português na Vivo. O vice-presidente financeiro da Telefónica destacou que a oferta pela participação da Portugal Telecom na Vivo representava 80% do valor de mercado de todo o grupo português.

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