Desempregados inscritos nos centros de emprego com taxas mais baixas dos últimos 16 anos

Da Redação

O número de pessoas desempregadas inscritas nos centros de emprego em Portugal voltou a cair em julho para as 330,6 mil pessoas, uma descida homóloga de 20,6% e o valor mais baixo em exatamente 16 anos, revelaram os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Na comparação com o mês de junho, o desemprego registrado pelo IEFP desceu 0,5% (menos 1,8 mil pessoas), em linha com o padrão tipicamente observado nesta altura do ano.

“Este ritmo de diminuição do desemprego foi ainda mais forte entre os jovens, onde chegou aos 30%, e nos desempregados de longa duração, onde a diminuição foi de 24,2%”, destacou o Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, acrescentando que “estes são grupos com particulares dificuldades de inserção no mercado de trabalho e portanto são dados relevantes”.

De acordo com as estatísticas do IEFP, o desemprego jovem baixou para as 31,1 mil pessoas, com uma diminuição de 30,0% face a julho de 2017 (menos 13,3 mil jovens) e de 1,4% face ao mês anterior (menos 427 jovens). É o valor mais baixo em quase 30 anos.

Já o desemprego de longa duração baixou para 160,5 mil pessoas, com uma redução de 24,2% em termos homólogos (menos 51,2 mil pessoas) e com um decréscimo de 1,4% face ao mês de junho (menos 2,3 mil pessoas). É preciso recuar até ao início de 2009 para encontrar um número mais baixo de desempregados de longa duração inscritos nos centros de emprego.

A redução do desemprego registado foi transversal a todas as regiões do País, com destaque para os decréscimos de 24,0% no Alentejo e de 22,3% no Algarve, e em todos os setores de atividade, com a maior redução homóloga a registar-se mais uma vez no setor da construção, onde o desemprego recuou 29,9% (menos 10,4 mil pessoas).

Mais emprego, mas também de melhor qualidade

O governo português sublinhou ainda o fato dos dados agora conhecidos serem “consistentes com outros elementos que têm vindo a ser publicados”.

O Secretário de Estado referia-se aos dados divulgados há dias pelo do Instituto Nacional de Estatísticas que colocavam a taxa de desemprego no segundo trimestre do 2018 nos 6,7% e apontavam para um crescimento do emprego acima dos 2%.

“Este crescimento do emprego foi todo ele conseguido à custa do trabalho por conta de outrem em particular trabalho em contratos sem termo e com aumentos salariais muito significativos na ordem dos 4%, o que significa que há também uma melhoria de indicadores da qualidade do mercado de emprego”, salientou.

Para Miguel Cabrita, os últimos dados conhecidos sobre o mercado de emprego “reforçam a confiança de que esta evolução é uma evolução sustentada e que é a tradução visível de uma estratégia politica que foi delineada desde o princípio do Governo”.

Desde o início da legislatura, quase 225 mil pessoas saíram do desemprego (-40,5%) – mais de 99 mil eram desempregados de longa duração (-38,3%) e mais de 38 mil eram jovens desempregados (-55,1%), divulga o governo.

O Secretário de Estado frisou que ainda que o desemprego tem diminuído à custa da criação de emprego, “enquanto houver pessoas desempregadas o Governo irá reforçar a prioridade que foi dada desde o início ao emprego, em particular dos grupos mais expostos a esse fenômeno”.

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