Comissão Européia atenta a crise pós-falência

Mundo LusíadaCom Lusa

 

A Comissão Européia (Braço Executivo da União Européia, UE) vem acompanhando com atenção as preocupações causadas pela falência do banco norte-americano de investimentos Lehman Brothers, mas se diz otimista em relação à boa coordenação entre as instituições financeiras para contornar a crise.

De acordo com o porta-voz da Comissão, Johannes Laitenberger, a instituição está "confiante quanto a uma boa coordenação e uma solução entre os bancos centrais, reguladores e o setor privado", acrescentou. E recusou-se a comentar os acontecimentos, respeitando instituições específicas, lembrando que a Comissão não é uma autoridade de supervisão.

O Banco Central Europeu (BCE) injetou 30 bilhões de euros (R$ 76,2 bilhões) no sistema financeiro da zona do euro para tentar acalmar as tensões ligadas à falência anunciada do banco Lehman Brothers. A exposição das instituições financeiras européias ao colapso já ascende a 1.8 bilhões (mil milhões) de euros, segundo o site espanhol "El Economista". Entre as companhias, o Dexia é aquele que apresenta o valor mais elevado. A Axa também reconheceu que a sua exposição ao colapso é de 300 milhões de euros. De acordo com a seguradora francesa, sua exposição a um possível colapso da American International Group (AIG) é de 150 milhões de euros.

E a Comissão Européia voltou a baixar as previsões de crescimento econômico em 2008. A estimativa agora é de 1,4% na União Européia e 1,3% na zona do euro. Já o ministro português das Finanças adiou para outubro uma eventual revisão da previsão de crescimento da economia portuguesa.

Na Europa: Inflação vai cairO fraco crescimento econômico registrado neste ano levará a uma diminuição das taxas inflacionárias em 2009 nas economias européias, segundo o presidente do Banco de Portugal (banco central luso), Vítor Constâncio.

A Comissão Européia voltou a baixar as previsões de crescimento econômico para 2008, estimando agora 1,4% na União Européia e 1,3% na zona do euro. Já o ministro português das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, adiou para outubro uma eventual revisão da previsão de crescimento da economia portuguesa, apesar da diminuição antecipada pela UE. Os ministros das Finanças da União Européia e os presidentes dos bancos centrais do bloco estiveram reunidos "informalmente" até 13 de setembro, em Nice, no sul da França, para discutir a situação econômica internacional e os desafios que os mercados financeiros enfrentam atualmente. O comissário europeu da Economia e Assuntos Monetários, Joaquin Almunia, descreveu em Bruxelas o atual momento econômico como "difícil e incerto".

Portugal: orçamento de contençãoSegundo afirmou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, o Orçamento de Estado para o próximo ano será de "contenção e disciplina". A afirmação do foi vista como uma resposta a recentes declarações do presidente de Portugal, Cavaco Silva, que apelou a maior investimento na atividade diplomática do governo.

"Os consulados não são verdadeiramente um problema. Necessitamos de olhar para a situação econômica e financeira do país e para as graves restrições com que estamos confrontados em termos orçamentais. Por isso, o orçamento do próximo ano será certamente de prudência, contenção e disciplina", disse. O que, "não significa que não tenhamos que ajustar algumas dotações face à necessidade que temos de responder a uma acção mais consistente da nossa política externa", disse Luís Amado.

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