China quer investimento em países de língua portuguesa Mundo Lusíada Na sexta-feira, 12 de janeiro, a agencia oficial Nova China divulgou que o país vai estimular um maior investimento de empresas chinesas nos países de expressão portuguesa. A intenção do governo chinês é estabelecer parcerias com o objetivo de “ajudar a desenvolver as indústrias locais e criar novos empregos" refere a agencia. Ao mesmo tempo, abre um maior espaço na China para investimento dos Países de Língua Portuguesa (formado pelos países membro Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe). Com exceção de Portugal, o comércio entre estes países e a China chegou aos 35 mil milhões de dólares (27,04 mil milhões de euros) em 2006, um aumento de 51% em relação ao ano anterior. Segundo dados da agencia de notícia, as exportações chinesas para os PLP aumentaram 60%, em 2006, relativo ao mesmo período de 2005; já as importações dos PLP para a China subiram 70%. Até 2009, a intenção do governo chinês e dos países de língua portuguesa é incrementar o comércio bilateral para o patamar de 45 e 50 mil milhões de dólares (34,7 e 38,6 mil milhões de euros), com ações a partir de 2007, ano em que marca uma cooperação mais estreita e uma meta de desenvolvimento comum. De acordo com notícia da AngolaPress, a cooperação com Angola é considerada “um sucesso”, sendo o maior parceiro econômico da China na África. Foi entre janeiro e outubro de 2006 que Angola superou a África do Sul, com um comércio bilateral de 9,3 mil milhões de dólares. Da América Latina, o Brasil representa o maior parceiro comercial da China. O governo chinês acredita ainda num “crescimento vertiginoso” e uma maior consolidação da China, atualmente terceiro maior parceiro do Brasil. Até final do ano passado, o comércio entre ambos países ultrapassou 20 mil milhões de dólares, conforme divulgou a agencia Nova China. Infra-Estrutura Já em 04 de janeiro, o Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministério do Comércio da China assinaram um acordo na área de infra-estrutura, intensificando a cooperação bilateral. Na área de energia elétrica, recursos hídricos, petróleo e gás natural, trata-se de um intercâmbio de informação, tecnologia, conhecimento e treinamento. Entre as obras previstas estão projetos hidroelétricos nos Rios Madeira, Xingu, São Francisco e Paraíba, e a construção de um gasoduto para transporte de gás natural.