Castanha tem “importância brutal” para concelhos de Penedono, Sernancelhe e Trancoso

Da Redação
Com Lusa

A produção de castanha tem uma “importância brutal” para a economia dos concelhos portugueses de Penedono, Sernancelhe e Trancoso, segundo o presidente do conselho de administração da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira.

Os municípios de Penedono e Sernancelhe (distrito de Viseu) e de Trancoso (Guarda) integram a região demarcada de produção de castanha com a Denominação de Origem Protegida (DOP) Soutos da Lapa.

Segundo José Ângelo Pinto, presidente do conselho de administração da Coopenela – Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, no concelho de Penedono, “tirando o desenvolvimento que é induzido por políticas públicas”, o produto mais expressivo nos três municípios é a castanha, “uma forte alavanca de bem-estar econômico”.

Pela importância econômica da castanha para a região, a Coopenela tem “consciência da responsabilidade” em relação à comercialização deste produto que, nesta altura do ano, conhece mais uma campanha de produção.

A Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, que foi fundada em 1997 para defender e valorizar a produção de castanha na região, tem atualmente mais de 500 associados a nível nacional e recebe produtos de várias regiões, sendo a castanha DOP Soutos da Lapa considerado o produto “mais forte”.

A área geográfica de produção da castanha dos Soutos da Lapa DOP está circunscrita aos concelhos de Armamar, Tarouca, Tabuaço, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono, Lamego, Aguiar da Beira e Trancoso.

Na campanha de produção de castanha deste ano, que foi antecipada em cerca de quinze dias, e que é marcada por uma produção de “excelente qualidade”, a Coopenela prevê uma quantidade idêntica à de 2019, ou seja, de cerca de 470 toneladas.

“É um ano excecional em termos de qualidade, com qualidade muito acima da que tem ocorrido em anos anteriores. Portanto, do ponto de vista da produção, temos razões para estar muito satisfeitos com o produto que os nossos agricultores nos estão a entregar”, disse o responsável à agência Lusa.

Em relação à quantidade, o dirigente da cooperativa também tem razões para satisfação, porque os agricultores, de uma forma genérica, estão a entregar “quantidades semelhantes às dos dois anos anteriores, que foram dois bons anos de produção”.

“Este ano não será diferente. Teremos, de facto, um bom ano em termos de produto, em termos de qualidade e em termos de quantidade também”, rematou.

Quanto à comercialização da castanha, a cooperativa tem uma política “baseada na exportação” e, este ano, devido à pandemia causada pela covid-19, está a ser vendida “um bocadinho mais devagar do que em anos anteriores”, mas “bem”.

A castanha da Coopenela é exportada para países como França, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha, Brasil e Estados Unidos da América.

“A nossa expectativa é a de um bom escoamento do produto, um bocadinho mais devagar do que em anos anteriores, mas com uma valorização que pretendemos que seja boa”, vaticina José Ângelo Pinto.

Em 2019, a cooperativa de Penela da Beira exportou 92% da produção e em 2018 um total de 96%. Este ano estima exportar “à volta dos 80%”.

No mercado nacional, a direção prevê que a comercialização de castanha “tenha uma expressão um bocado mais forte” do que em anos anteriores.

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