Bradesco lidera lista de investimentos vindos de Portugal

Da Agencia Lusa

O Bradesco, participado do Banco Espírito Santo (BES), foi o maior receptor de investimentos portugueses no Brasil em 2008, com US$ 409 milhões, disse nesta segunda-feira à Agência Lusa fonte do Banco Central (BC).

O total de investimentos portugueses no Brasil atingiu um total de US$ 1,05 bilhão no ano passado. Do Brasil saíram para Portugal, segundo o BC, US$ 1,615 bilhão.

No mesmo ano, o Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, enviou para Portugal US$ 1,42 bilhão, ainda de acordo com o BC brasileiro.

Atualmente, o BES detém 7,16% do total de ações ordinárias (com direito a voto) e 3,58% do capital total do Bradesco, que tem, por sua vez, uma participação semelhante no capital do grupo português.

No segundo lugar na lista dos maiores investidores portugueses no Brasil em 2008 está a Prolagos, concessionária de serviços públicos de água e saneamento.

De acordo com um documento do BC a que a Lusa teve acesso, a Prolagos investiu US$ 100 milhões no Brasil em 2008, seguida pela EMPA Serviços de Engenharia, com US$ 73 milhões.

Outros grandes investidores portugueses no setor de serviços no Brasil em 2008 foram o Banco Financial Português (US$ 62 milhões), Banif Primus Banco de Investimentos (US$ 55 milhões), Unidas (US$ 47 milhões), TDSP Participações, na área de construção de edifícios (US$ 37 milhões) e Banif (US$ 29 milhões).

No total, o setor de serviços do Brasil recebeu investimentos diretos portugueses no ano passado na ordem de US$ 909 milhões, enquanto o ingresso de recursos na indústria brasileira oriundos de Portugal foi de US$ 37 milhões, e na agricultura, de apenas US$ 5 milhões.

As operações não discriminadas pelo BC por serem inferiores a um US$ 1 milhão somaram US$ 100 milhões.

Portugal foi o 12º maior investidor no Brasil em 2008, com US$ 1,051 bilhão, 2,4% do total dos investimentos diretos estrangeiros.

Nos primeiros lugares ficaram os Estados Unidos (US$ 7,047 bilhões), Luxemburgo (US$ 5,932 bilhões), Holanda (US$ 4,639 bilhões), Japão (US$ 4,099 bilhões) e Espanha (US$ 3,851 bilhões), seguidos pela França, Ilhas Caiman, Canadá, Austrália, Bahamas e Alemanha.

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