Banif espera vender banco no Brasil até final do ano

Da Redação
Com Lusa

logo-banifO Banif espera vender o banco que tem no Brasil até final do ano, tendo ainda a possibilidade de esse comprador entrar no capital do Banif como investidor estratégico, segundo fonte oficial.

“Até final do ano” esperamos alienar o Banif Brasil, afirmou fonte oficial do banco, adiantando que o processo de venda será lançado em outubro com a assessoria financeira do Crédit Suisse. Alguns investidores brasileiros mostraram já interesse na operação.

O Banif tem tido problemas com o banco que detém no Brasil, cujos ativos rondam 600 milhões de euros. O banco no país tem contribuído de forma significativa para os prejuízos apresentados pelo grupo financeiro. Depois de auditorias internas feitas aquela instituição, foram abertas ações de responsabilidade civil contra ex-diretores por “indícios de irregularidades”.

Um dos cenários estudados pela administração liderada por Jorge Tomé, presidente executivo do Banif, passa pelo investidor que comprar o banco no Brasil entrar também como investidor estratégico no Banif, que desde o início do ano tem o Estado como acionista maioritário.

O Banif arrecadou até ao momento 240,7 milhões de euros em aumentos de capital dirigidos a investidores privados, mas ainda faltam 209,3 milhões de euros para sair do controle público, pelo que poderá entrar um investidor de maior peso num futuro aumento de capital.

A saída das unidades que o Banif tem fora de Portugal é numa das medidas que consta do plano de reestruturação que continua a ser negociado com Bruxela. Do que já é conhecido, este plano implica o desinvestimento nas unidades do Brasil , mas também de Malta, Cabo Verde ou a participação na Banca Pueyo (Espanha).

Quanto a Cabo Verde, fonte do Banif disse que há bancos africanos interessados e que esta venda deverá estar fechada até final do ano.

No início de agosto, o jornal cabo-verdiano A Semana noticiava que o Ecobank e o Banco BIC Angola estarão entre os principais interessados na aquisição do Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN), maioritariamente detido pelo grupo Banif.

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