Da RedaçãoCom Lusa
Os Serviços Municipalizados de Aveiro, cidade no centro de Portugal, celebraram na terça-feira, 07 de abril, um protocolo com a Enviroria, uma empresa especializada na coleta de óleos usados, para a instalação de 78 depósitos, com vista à sua reciclagem e transformação em biodiesel.
O óleo recolhido é entregue a uma refinaria, perspectivando-se a instalação de um produtor dedicado na região, onde a Prio, do grupo Martifer, tem em instalação uma fábrica de biodiesel. “Os municípios serão também chamados a incorporar nas suas frotas de ônibus a biodiesel, produzido a partir dos óleos usados que são recolhidos”, afirmou Fernando Silva.
Em Aveiro, na fase inicial, a empresa vai instalar os depósitos também nas regiões suburbanas, tendo por média um por cada 2.500 habitantes, mas o objetivo é equivaler a cobertura dos ecopontos, que é atualmente de uma unidade para cada 500 habitantes.
Pedro Ferreira, da administração dos SMA, salientou que a prefeitura tem feito esforços para a valorização dos resíduos, desde que estes passaram em 2008 para os seus Serviços. “Já fazemos a reciclagem do papel, do plástico e dos artigos elétricos e vamos passar a fazer também dos resíduos verdes, resultantes da jardinagem, a partir de maio, em parceria com a Portucel”, disse.
Invenção: Poupando combustívelJá em Viana do Castelo, um português de origem indiana inventou um mecanismo que ajuda o motorista a poupar combustível, através de um sinal luminoso no velocímetro que o alerta sempre que está pisando excessivamente no acelerador. "É um mecanismo ao mesmo tempo amigo da carteira e do ambiente", disse à Agência Lusa Rajesh Pai, nascido na Índia há 43 anos, mas morando em Portugal há 20 e já naturalizado.
O inovação de Pai conquistou a medalha de prata, na categoria de transportes, no Salão Internacional de Genebra, que aconteceu entre 1º e 6 de abril. "Já apresentei a idéia a alguns fabricantes de automóveis e dois ou três já manifestaram grande interesse no mecanismo", disse ele, quem já pediu o registro da patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, com o nome de Green Pai Driving (GPD).
Segundo estima, um carro conduzido respeitando GPD poderá fazer, com o mesmo combustível, mais 6% de quilômetros do que aquele que não está equipado com o sistema. Em termos amplos, o GPD é um sistema que mostra no velocímetro uma faixa verde. "Se o ponteiro dos quilômetros estiver dentro dessa faixa, o motorista tem a certeza que está a fazer uma condução verde, ecológica e econômica. Se a ultrapassar, a condução passará a ser vermelha e a pesar no bolso do condutor e no ambiente", explicou.
Contudo, os números mostram mais: em condições standard, um carro conduzido a 70 km/hora pode gastar 55 litros de gasolina para fazer um percurso de 660 quilômetros, mas o mesmo condutor a 130 km/hora poderá andar apenas 550 quilômetros com a mesma quantidade de combustível. "No fundo, toda a gente tem mais ou menos a noção disto, mas a partir do momento em que uma pessoa se senta ao volante esquece-se rapidamente destes detalhes e nem percebe que está pisando demais no acelerador. O sistema que eu inventei é, apenas, um lembrete, um alerta, um alarme, nada mais que isso", acrescentou.
Cada carro, dependendo da capacidade do motor, do número de cavalos e do peso, terá seu próprio GPD, o que poderá ser diferente levando em consideração o modelo e a marca. Depois, a "via verde" aparecerá no GPD, variando conforme velocidade e direção do vento, o peso e o número de ocupantes, inclinação e condições da estrada, pressão dos pneus e rotações do motor.
Ele frisou que, sobretudo em tempo de crise, este sistema pode ser uma "grande ajuda" tanto para os motoristas como fabricantes e vendedores de automóveis.