Associação portuguesa estima que pandemia já fez 10 mil desempregados na região Oeste

Da Redação
Com Lusa

A pandemia covid-19 causou até final de Março mais de 10 mil desempregados, e afetado a maioria das empresas na região Oeste de Portugal, estimou a AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste após realizar um barômetro ao setor empresarial.

Das cerca de 46 mil empresas existentes na região, 38.456 já teriam sido afetadas pela pandemia por razões econômicas, 38.778 estarão a ponderar fazer demissões, 5.520 teriam entrado em lay off total ou parcial e 14.448 estariam com atividades suspensas, estimou a AIRO.

A pandemia poderá ter causado 10.603 desempregados na região, segundo esta associação empresarial. A região Oeste integra os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche, do distrito de Leiria, e por Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, do distrito de Lisboa.

As conclusões da AIRO resultam de “possíveis extrapolações” resultantes das conclusões do barômetro que a associação lançou às empresas entre 27 de Março e 03 de Abril, e ao qual aderiram 274 empresas, tendo sido validadas respostas de 268, que empregam 3.644 trabalhadores.

Das empresas inquiridas, 5,1% responderam que já despediram ou tencionavam despedir trabalhadores até ao final do mês de Março, contra 94,9%. Até Março, foram despedidos 150 trabalhadores, segundo os dados comunicados.

Os dados sobem para os 84,3% quando questionadas se admitem reduzir trabalhadores, apontando para 289 despedimentos.

Das 268 empresas analisadas, 31,4% suspenderam a atividade, 12% entraram em lay off total, 9,5% em lay off parcial, 13,1% mantém o local de trabalho, mas sem atendimento ao público, 11,4% estão em regime de teletrabalho, 6,6% mantêm-se a laborar com atendimento ao público e apenas 5,8% desenvolvem de forma normal a sua atividade.

No inquérito, 57,3% admitem que já foram afetadas pela crise provocada pela pandemia, 26,3% estão em risco elevado e 13,5% em risco moderado.

Questionadas como avaliam o risco de encerrar de forma definitiva a atividade, 2,2% declarou já ter encerrado, 26,6% consideram estar em risco elevado e 34,4% em risco moderado. Inquiridas quanto à quebra de vendas, 33,6% preveem quebras superiores a 80%, 21,2% entre 60 e 80% e 24,5% entre 40% e 60%.

Grande parte receia ter constrangimentos na sua atividade devido a uma eventual interrupção no fornecimento de matérias-primas. No barômetro, 66,5% dos empresários declararam que as exportações estavam limitadas pela pandemia, o que poderá trazer resultados negativos no futuro.

A maioria mostra-se pouco confiante com as medidas do Governo para apoiar as empresas. Apesar de tudo, 48,9% está confiante na capacidade de resposta do tecido empresarial para combater os impactos da pandemia.

Das empresas que participaram no barômetro, 82,5% implementaram planos de contingência, contra 17,5%.

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