Associação de pedras preciosas quer criar emprego e riqueza em Portugal

O volume anual de negócio de ourivesaria nacional ascende a quase 500 milhões de euros. Associação Portuguesa de Gemologia pretende relançar o nome de Portugal a nível mundial.

Da RedaçãoDivulgação

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“Os portugueses têm de voltar a ser uma referência mundial, sobretudo na arte da lapidação e nas técnicas usadas nas ourivesarias, como os esmaltes”, diz José Baptista, 60 anos de idade e décadas de experiência profissional, principal mentor da nova Associação Portuguesa de Gemologia. A APG pretende “ajudar a valorizar e dignificar a Gemologia e os setores da Ourivesaria e Joalharia, contribuindo para a criação de emprego e de riqueza em Portugal”.

José Baptista assume o objetivo de “tornar o setor mais credível, profissional e científico”, de modo a “acabar com o preconceito que faz com que as lojas sejam vistas como lugares de luxo”. Para tal, a associação presidida por ele deve criar cursos de ensino e formação profissional, pretendendo dispor de um laboratório e de uma biblioteca como apoios a um projeto que visa “apostar forte” na investigação científica arqueológica e na prospecção de jazidas. Outro objetivo da APG é assinar parcerias e protocolos com instituições dos PALOP ligadas à prospecção das jazidas de pedras preciosas, “para explorar as suas riquezas mineiras e investigar e expor as gemas extraídas dessas minas na nossa sede. Queremos internacionalizar a associação e o instituto, formando pessoas dos PALOP na área da Gemologia”, assegura José Baptista.

A APG foi apresentada oficialmente durante duas conferências que decorreram no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, com intervenções de Manuela Alcântara, ex-diretora do Museu Nacional Alberto Sampaio, em Guimarães, e Amélia Maria Aranda Huete, conservadora do Patrimônio Nacional e dos Relógios do Palácio Real de Madrid.

A Gemologia é a ciência que estuda as pedras preciosas, permite a sua identificação e distingue as que são obtidas por síntese e as imitações. Para isso, estuda a composição, estrutura e propriedades físicas e ópticas dos materiais gemológicos, além da sua origem e dos tratamentos a que são sujeitos para modificar as suas propriedades e realçar a beleza. O estudo da Gemologia assume, assim, especial importância para joalheiros, ourives, comerciantes de gemas, cravadores e lapidários, entre outros profissionais do setor.

Os últimos dados do INE – Instituto Nacional de Estatística, referentes a 2006, indicam que o volume de negócio das empresas ligadas ao comércio a retalho de artigos de ourivesaria e relógios ascende a 494.688,801 milhões de euros.

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